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Paulo Mota Pinto confrontou o Primeiro-Ministro com a situação de caos em que a governação socialista transformou o SNS. No primeiro debate sobre política geral desta legislatura, o líder parlamentar do PSD afirmou que, depois de sete anos de governação de António Costa, as queixas dos portugueses são muitas e crescentes: “consultas com listas de espera indignas, cirurgias a realizar-se com mais de um ano de atraso, mais do dobro de utentes sem médico de família, mortalidade excessiva não-covid, vários serviços de urgência encerrados em todo o país e falta de médicos de diversas especialidades”.
Para o social-democrata, a situação atingiu “extremos nunca antes vistos”, com a degradação da cobertura de urgências de obstetrícia pelo SNS e com a degradação da imagem do SNS nessas áreas. Sinalizando que o SNS tem problemas de falta de organização, de gestão, de planeamento, de eficiência e de remuneração competitiva, Mota Pinto questionou ao Primeiro-Ministro se “considera aceitáveis estas falhas de cobertura como se fosse um serviço de saúde de país do terceiro mundo e se assume a responsabilidade por essas deficiências.”
No entender de Mota Pinto, os problemas da saúde “não se resolvem com pensos rápidos, nem com planos de contingência”, adiantando que a manter o atual rumo “o SNS vai degradar-se de forma irreversível” e servir apenas “quem não tem alternativa”.
“O que será mais preciso que aconteça para que reconheça a responsabilidade política da ministra da Saúde e a substitua por incapacidade de gestão ou de fazer reformas? Ou será que a opção é sua e a responsabilidade política também é sua?”, questionou o líder da bancada do PSD, recordando que são várias as vozes, até dentro do PS, a defender a saída da ministra.