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O PSD pede explicações ao Ministro da Administração Interna sobre os “distúrbios” provocados por cerca de duas centenas de adeptos associados ao clube croata Hajduk Split, no Centro Histórico da cidade de Guimarães, esta terça-feira à noite.
Numa pergunta dirigida a José Luís Carneiro, o Grupo Parlamentar do PSD interpela diretamente a tutela: “Como explica o Senhor Ministro que não tenha sido possível antecipar estes eventos, tal-qualmente ao que tem sucedido em tantas outras situações análogas que têm lugar no nosso país?”
Na missiva, que tem como subscritor André Coelho Lima, o PSD sublinha que “na noite de ontem, em Guimarães, tiveram lugar atos de enorme violência, causados pela deslocação em massa de adeptos pelas ruas do centro da cidade. Pode ler-se na imprensa de hoje que ‘vídeos publicados nas redes sociais dão conta de tochas e petardos arremessados para o espaço público e contra edifícios na Rua Alfredo Guimarães, entre a Praça da Oliveira e o Museu de Alberto Sampaio, ouvindo-se sons de vidros a partir. Em fotografias também publicadas é possível ver esplanadas danificadas, com dezenas de pessoas a fugirem destes locais públicos para escaparem aos adeptos croatas’. O que pode ler-se e pôde ser visto nas reportagens televisivas da noite de ontem. Basta aliás recorrer às palavras do Presidente da Câmara de Guimarães como suficientemente ilustrativas do ocorrido: ‘vivemos momentos delicados, de violência, de autêntico pânico. Os cidadãos estavam aqui a jantar e a conviver no Centro Histórico e de repente uma horda de criminosos que entra pela cidade dentro, pelo Centro Histórico dentro e provoca exatamente este alarme e este pavor, este medo…’”, referem.
Para o PSD, “o país pôde ver tudo isto”, sem que um “único agente policial” tenha agido. Trata-se de um episódio que, segundo os deputados do PSD, revela que a atuação das polícias “falhou, há uma falta de previsão e de planeamento daquilo que podia acontecer, uma falta de articulação das polícias”.
Este caso mereceu ainda a censura da Associação Vimaranense de Hotelaria, bem como do autarca da cidade de Guimarães, cujas declarações são “consideradas vexatórias do Ministro da Administração Interna, na medida em que se vê ser necessário que seja um autarca, em declarações públicas, vir publicamente ‘pedir’ ao titular da pasta que exerça a sua função”.