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Luís Montenegro considera que “a política de educação do Governo merece a reprovação, o chumbo”, numa semana em que os professores prosseguem com a contestação e iniciaram uma greve nas escolas de todo o país.
No primeiro dia da iniciativa “Sentir Portugal em Coimbra”, esta segunda-feira, o líder do PSD lembrou que há “dezenas de milhares de alunos que não têm pelo menos um professor a uma disciplina”.
Além disso, há milhares de alunos que ainda não recuperaram as aprendizagens perdidas durante a pandemia de covid-19.
“Ficou mais claro com este movimento de indignação e de contestação dos professores que, sete anos depois de António ser Primeiro-Ministro e o PS liderar o governo, (…) os professores não veem valorizada a sua carreira, não veem resolvidos problemas estruturais como aqueles que decorrem de colocações, que são muito difíceis de entender, e que fazem com que, muitos deles, não tenham condições de viabilidade económica para lecionar, tal é o nível das despesas com alojamento, deslocações e alimentação que têm de suportar, versus o rendimento que têm”, assinalou.
Segundo o Presidente do PSD, vive-se agora “um período muito crítico, quase caótico” no ensino e onde sobressai uma “incapacidade notória do Governo” e a “arrogância” do ministro da Educação em lidar com os protestos.
“Se, por um lado, precisamos de garantir aos professores o direito ao protesto e à contestação, por outro lado, isso já esta a causar danos muitos substanciais aos alunos e às famílias, que não têm onde deixar os seus filhos ou têm de ficar em casa, inibidos de trabalhar”, vincou.
Por isso, defende que a solução passa por criar condições de valorização da carreira e de se negociar com os professores.