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Num ano de seca extrema e com consequências terríveis para a agricultura, o abastecimento elétrico e o fornecimento de água para consumo, Luís Montenegro critica a “austeridade socialista”, que privou as populações de “investimentos pequenos à escala nacional, mas que são cruciais para que este território [o interior] não fique abandonado”. “Uma das conclusões que tiramos é que o desinvestimento dos últimos sete anos se revela em coisas concretas, na ausência de água, (…) na agricultura que não tem os meios que precisa. (…) As promessas não cumpridas, o adiamento sucessivo, com desculpas sucessivas. (…) Muitos anúncios, muito show off, muito PowerPoint, mas todos esses investimentos ficaram cativados na austeridade socialista, que foi a marca socialista dos últimos sete anos em Portugal”, disse.
No sexto dia da iniciativa “Sentir Portugal em...”, este sábado, Luís Montenegro começou por visitar a barragem de Fagilde, em Mangualde, onde apontou o dedo ao Governo por ter desistido do país, em particular do interior: “Estivemos ontem em Moimenta da Beira, e tínhamos estado em Armamar, em Arouca, em vários concelhos onde há investimentos engavetados nas secretárias dos membros do Governo há vários anos. (…) Aqui, em particular, nesta barragem de Fagilde, foram prometidas obras em 2017 que, cinco anos depois, estão por fazer. Isso penaliza, coloca em risco o abastecimento de água no município de Viseu, Nelas e Penalva de Castelo. (…) O desinvestimento que denunciámos nos últimos sete anos revela-se em coisas palpáveis, neste caso concreto da água, na possibilidade de podermos vir a ter problemas no abastecimento de água para consumo humano e, infelizmente, na circunstância da nossa economia, em particular a agricultura, não ter os meios de que precisava, em territórios muito castigados por adversidades, para poderem ter mais produção, serem mais competitivos, darem mais emprego e gerarem mais riqueza e evitar o despovoamento”.
O Presidente do PSD lamenta que Portugal tenha um Primeiro-Ministro que “está de braços caídos, sem ambição”, cinco meses depois de tomar posse. “Um Primeiro-Ministro que durante tantos anos se afirmava como um dos motores de transformação, de mudança da Europa, ia para a Europa com aquela voz forte de quem chegava e mudava e agora olha para a Europa e diz ‘A Europa não me deixa’. É muito poucochinho para um Primeiro-Ministro e um Governo”, acusou.
Luís Montenegro criticou, uma vez mais, a resignação do Primeiro-Ministro perante a crise que estamos a viver e a incapacidade de tomar medidas mais robustas para minimizar o impacto dos aumentos dos preços, como a descida do IVA da eletricidade e do gás. “O Primeiro-Ministro está de braços caídos. Um Primeiro-Ministro que diz que não pode ir mais além do que foi, então já tem pouco para dar ao país. Tomou posse há pouco mais de cinco meses. Se cinco meses depois está de braços caídos, impotente e assume isso, então tem pouco para oferecer ao país”, disse.