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Em Vouzela, Luís Montenegro criticou a ausência de estratégia do Governo para a floresta, numa região onde sobressai a “capacidade empreendedora dos empresários” que conseguem fazer a diferença e contrariar o abandono do interior.
Para o Presidente do PSD, nem mesmo a tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, serviu para tirar ilações sobre o que é preciso fazer para reforçar a coesão territorial e reconhecer a importância dos territórios de baixa densidade e o ordenamento do país. “Cinco anos volvidos, o Governo não cumpriu a palavra dada. Portugal deve olhar para a floresta e a política florestal como uma oportunidade de gerar atividade económica, de rentabilizar os nossos recursos naturais”, afirmou.
Luís Montenegro, que continua esta quinta-feira, no distrito de Viseu, na iniciativa “Sentir Portugal em…”, entende que o mais importante é que “o Governo não atrapalhe” e saiba apoiar “os negócios que geram emprego, riqueza e conseguem atrair e fixar pessoas”.
O líder do PSD sublinha que é preciso conciliar os “interesses ambientais” com os “económicos”, para evitar a repetição de “flagelos florestais com a dimensão” deste e dos anos anteriores.
Sobre a crise inflacionária, Luis Montenegro defende que o Governo tome “medidas efetivas que atribuam às empresas maior capacidade” para “obviar as dificuldades criadas”. “Vamos discutir hoje, no Parlamento, um projeto de resolução que, para além de medidas de apoio social para as famílias e aos pensionistas, propõem linhas de crédito para as instituições de solidariedade social e para as empresas. Tomámos essa iniciativa perante a passividade do Governo. Eu estou satisfeito que a iniciativa do Governo possa ter originado uma reação do Governo. Mais vale um Governo que venha a reboque do PSD do que um Governo que não decida. (…) Mas não devemos confundir: quem tem de governar é o Governo, não é a oposição”, disse.
A marca deste ano escolar é a falta de professores
Luís Montenegro lamenta que só arranquem na próxima semana as negociações entre o Governo e os sindicatos para alterar o modelo de contratação de professores, já com o ano letivo em curso.
“Se há marca que a abertura deste ano escolar já tem é, precisamente, a lacuna de preenchimento de lugares de professores e a circunstância de se repetir aquilo que foi altamente penalizador no ano passado para os nossos estudantes, que foi muitos deles não terem professores, inclusivamente o ano inteiro em muitas disciplinas”, referiu.
Questionado sobre a possibilidade de serem as escolas a contratarem os docentes, Luís Montenegro lembrou que “há muitos anos que o PSD defende maior autonomia das escolas” e “maior descentralização na área da educação”.
“Há muitos anos que o PS diz que nem uma coisa nem outra são prioritárias ou então, quando diz, faz uma coisa contrária àquilo que diz. Portanto, eu só posso, neste momento, anotar que também aí o Governo chega tarde e a más horas”, criticou.
O líder do PSD desafia, ainda, o Governo a cumprir a promessa da “recuperação dos prejuízos causadas” na comunidade escolar – crianças e jovens – pela pandemia de covid-19, durante “períodos em que não tiveram aulas ou que tiveram altamente condicionados”. “Essa recuperação não está feita. Há milhares e milhares de alunos em Portugal que ainda não conseguiram recuperar aquilo que perderam nessa ocasião e isso provoca desigualdade. Um partido social-democrata é, por natureza, um partido que está sempre com o foco na igualdade de oportunidades e um partido socialista também devia fazê-lo, mas, infelizmente, esquece-se muitas vezes”, apontou.