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Luís Montenegro critica a “euforia” e o “otimismo” do Primeiro-Ministro, em relação ao diploma do Governo recém-promulgado pelo Presidente da República, sobre o novo regime de recrutamento e colocação de professores, na medida em que o decreto-lei em causa é “insuficiente” e não responde aos problemas de fundo que afetam o pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.
“Parece que há aqui uma grande diferença entre a euforia/otimismo do Primeiro-Ministro, cujas declarações foram que a partir de agora os professores podiam ficar descansados, que tinham a sua estabilização em termos de colocação garantida, com aquilo que, efetivamente, os docentes entendem que é o resultado desta legislação: é que não produz esse efeito. Produz um efeito muito temporário, ainda por cima não tinha necessidade de ser apressado, porque ainda não vai ser aplicado ao próximo ano letivo”, afirmou.
No 1.º dia do “Sentir Portugal em Leiria”, esta terça-feira, o líder do PSD sublinha que “continua a assistir-se a uma incapacidade total do Governo em dialogar com os professores, para que se possa consensualizar uma solução relativamente à recuperação do tempo perdido em termos de progressão na carreira”.
Luís Montenegro diz que respeita a decisão do Presidente da República, mas entende que “a legislação é insuficiente e, portanto, desse ponto de vista o que era necessário era ter uma legislação diferente”, “só que o Presidente não pode legislar em nome do Governo e em nome da maioria”.
O Presidente do PSD defende que é fundamental “um instrumento legislativo” que resolva “o grande drama que é hoje ser professor em Portugal”. “Há muitos professores que não auferem um rendimento mensal suficiente para pagar as despesas básicas de alimentação, de alojamento e de transporte, ou seja, têm prejuízo mensal para poderem ser professores”, apontou.
“Sentir Portugal em Leiria” irá percorrer os 16 concelhos do distrito: Alcobaça, Alvaiázere, Ansião, Batalha, Bombarral, Caldas da Rainha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Óbidos, Pedrógão Grande, Peniche, Pombal e Porto de Mós.