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Luís Montenegro considera que “os autarcas são motores de desenvolvimento”, a quem cabe a responsabilidade de incrementar as políticas públicas necessárias para atrair investimento e fixar pessoas, quando os governos fracassam nas suas funções.
“Hoje, ser autarca já não é apenas lutar por equipamentos e infraestruturas. O trabalho autárquico vai muito para além disso. Os autarcas e, naturalmente, as autarquias locais são o hoje o verdadeiro motor do desenvolvimento. Sem o seu esforço, sem o seu labor, não se conseguem alavancar investimentos que possam dinamizar a atividade económica, dando empregos para os filhos destas terras, para que não tenham de sair daqui em busca de uma oportunidade”, afirmou.
O Presidente do PSD, que discursava na abertura da 28.ª Feira das Tradições e Atividades Económicas de Pinhel, esta sexta-feira, sublinhou que “as políticas públicas nunca devem perder de vista a riqueza natural, a capacidade produtiva, as tradições, a cultura e, mais importante de tudo, as pessoas, os cidadãos”.
Luís Montenegro elogiou o caso de Pinhel, concelho liderado por Rui Ventura, o autarca que “personifica aquilo que é hoje a função primordial de um autarca”. Se na fase de consolidação democrática, a função dos autarcas foi criar “equipamentos públicos para a dinâmica socioeconómica do seu território”, hoje “ser autarca é perceber que não se consegue desenvolver um território sem pensar de forma transversal todas as dinâmicas que criem oportunidades para as pessoas não saírem” do concelho onde vivem. “A Camara de Pinhel tem feito um esforço notável no sentido de puxar por aquilo que é a capacidade que está na comunidade”, apontou.
O líder do PSD apelou, por isso, à “coesão entre os vários territórios”, caso contrário os portugueses não terão as mesmas oportunidades. “A coesão territorial é, efetivamente, uma prioridade nacional, ela está no centro daquilo que é mais importante numa sociedade: a justiça, a igualdade de oportunidades. Estes territórios de baixa densidade têm de estar nas prioridades das políticas públicas. (…) É também a pensar nas pessoas que se concentram nos grandes centos urbanos e no litoral, porque essas pessoas também têm perdido muita qualidade de vida por causa dessa concentração. A coesão territorial é tão importante para as pessoas que estão nos territórios de baixa densidade como para as pessoas que vivem nos grandes aglomerados populacionais”, disse.
A propósito da Feira das Tradições das Tradições e Atividades Económicas de Pinhel, Luís Montenegro referiu que o certame “permite interagir com muitas pessoas, com muitos empreendedores, com agentes áreas que vão lutando contra a adversidade, criar riqueza e fixar pessoas em territórios cada vez mais despovoados e desfavorecidos”.
“Esta Feira das Tradições é muito mais do que juntar pessoas, é muito mais do que um local de encontro, é até, caro Rui [Ventura], mais do que perguntar como é que sentimos Pinhel. Esta Feira é a oportunidade deste concelho mostrar aquilo de que são capazes. E eu acredito que são capazes de fazer muito”, frisou.