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“Que seja amanhã. Baixe o IVA da energia, da eletricidade, do gás, dos combustíveis para 6%. Faça-o transitoriamente mas faça-o agora, porque é agora que as pessoas precisam”. Foi este o desafio deixado hoje por Luís Montenegro a António Costa.
No encerramento da Universidade de Verão, o Presidente do PSD afirmou que, atualmente, o preço dos bens essenciais está muito elevado e muito acima da taxa da inflação. “O mais básico à vida das pessoas está muito mais caro e os salários têm menos valor. Estamos a dizer isto desde abril, Portugal precisa de um programa de emergência social, para que as pessoas não fiquem para trás”, reiterou.
Também sobre as pensões, o líder social-democrata relembrou que já há mais de três meses que o PSD alertou para a necessidade de não se poder esperar por janeiro para que estas sejam aumentadas. “Na altura, alertámos que os pensionistas e os reformados estão sem dinheiro” para o seu quotidiano, e o que é que o Governo faz? “Faz em setembro o que propusemos há meses”, disse.
O PSD apresentou esta semana um pacote de medidas com soluções para a vida dos portugueses, e amanhã a base do programa apresentado pelo Governo será muito semelhante. Mas Luís Montenegro desafiou ainda o Executivo a não adiar mais as medidas de apoio também às empresas.
Este pacote “vem tarde, muito tarde, com medidas que só serão aplicadas nos últimos três meses do ano. Será um show-off”, e o Governo anda tão “desnorteado que nem sabe o que faz. O Governo faz amanhã aquilo que nós reclamamos desde maio. Não há três dias de diferença, há três meses”.
Luís Montenegro acrescentou ainda que “o PSD não tem de apresentar hoje um programa político, tivemos eleições há meio ano, quem tem de governar é o PS. A frustração na sociedade é grande, o Governo não está a cumprir a sua tarefa, mas nós estamos a cumprir a nossa parte, apontando o que está mal e a apresentar alternativas” e que o Partido está focado “em construir um programa político para mudar Portugal”.
“O caos na Saúde vai continuar porque o Primeiro-ministro não tem a humildade de reconhecer o projeto falhado”
O líder social-democrata relembrou ainda a demissão da Ministra da Saúde, que esta semana afirmou não ter condições para continuar no cargo. “Qual a reposta do Primeiro-ministro?”, questionou o Presidente do PSD, “se (a ministra) não tem condições fica mais umas semanas para decidir coisas importantes para as quais não tem condições. Isto é uma contradição. Mas o nível de arrogância do Primeiro-ministro foi mais longe: quando houver uma substituição, a política de saúde vai ser a mesma”.
Mas tal como enumerou Luís Montenegro, o que temos tido é uma “política de maus resultados, com urgências fechadas, com portugueses sem médicos de família e com consultas adiadas. O estado de caos na saúde vai continuar porque o Primeiro-ministro não tem a humildade de dizer que os resultados se devem a um projeto falhado. Se insiste nas mesmas políticas, os resultados são iguais ou piores”.
Aquilo de que Portugal precisa, é de um “sistema em que o serviço público de saúde tem de ser cumprido, mas não tem de ser tudo no Estado. Quem disser que o PSD não defende o SNS e que temos outro interesse que não o das pessoas é desonesto”, referiu, acrescentando a promessa de que “vamos ser nós outra vez a colocar o SNS a prestar às pessoas um sistema que dê resposta às suas necessidades”.
Jovens são determinantes para o futuro de Portugal
Perante uma plateia constituída maioritariamente pelos jovens que esta semana participaram no programa de formação social-democrata, o Presidente do PSD referiu que esta “não pode ser só a geração mais qualificada de sempre. Não é suficiente. Queremos que esta geração ela tenha os melhores salários e as melhores condições de vida para que as possamos aproveitar”.
Temos um problema grave, “não somos capazes de reter o nosso talento, e temos de ser, e para isso precisamos da vontade e da coragem dos jovens e que nos ajudem a construir uma comunidade que crie mais riqueza, que possa pagar melhores salários”.
"Só com os jovens é possível ter melhores propostas e melhores políticas”, concluiu.