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Luís Montenegro instou o Governo a preocupar-se verdadeiramente com a vida das famílias. “O que me preocupa é o dia a dia das pessoas”, afirmou Luís Montenegro no “Encontro Fora da Caixa”, organizado pela Caixa Geral de Depósitos, em conjunto com o “Jornal de Negócios”, esta terça-feira, em Oeiras.
Mostrando-se “preocupado com os baixos salários” em Portugal, onde “quase um milhão de portugueses ganha o salário mínimo nacional”, o líder do PSD criticou a “asfixia fiscal transversal” no País, com “as pessoas, que estão inundadas de impostos” e as empresas, que são “castigadas com impostos”.
Luís Montenegro defende “uma simplificação fiscal”, que começa por mudar a estrutura técnico-jurídica do Orçamento do Estado. “É tempo de deixarmos de ter no Orçamento do Estado a principal lei que mexe nos impostos todos (…) O que deve estar no Orçamento do Estado é a previsão de arrecadação fiscal, o resto deve ser processo legislativo autónomo”, disse.
Intervindo no painel “Desafios Económicos do País”, Luís Montenegro insistiu num Programa de Emergência Social, para apoiar as famílias no atual contexto de crise inflacionista, considerando que as ajudas do Governo prestadas aos cidadãos são “insuficientes”, de 30 euros durante dois meses, e com um custo para o erário público na ordem dos “60 milhões de euros”.
Em linha com uma das propostas anunciadas aos portugueses no 40.º Congresso do PSD, Luís Montenegro apelou à concretização de um Programa Nacional de Atração, Acolhimento e Integração de Imigrantes. “Pagar melhores salários para reter talento”, enquadrou.
O Presidente do PSD preconiza que “é possível baixar impostos, não comprometendo a arrecadação da receita e a competitividade” da economia, e acredita que “a especialização da justiça pode ajudar o País a ser atrativo” para captar investimento externo.
Luís Montenegro entende que a situação económica incerta decorrente da guerra na Ucrânia expõe a fragilidade de Portugal, que “não teve transformações para enfrentar os desafios” que estamos a viver.
Sobre a solução aeroportuária para Lisboa, o Presidente do PSD desafiou o Governo a começar as obras no aeroporto Humberto Delgado, uma forma de minimizar os danos pela falta de decisões do Executivo.
Luís Montenegro adiantou que o PSD está a ouvir personalidades e instituições sobre a futura infraestrutura, explicando que “antes de haver um aeroporto é preciso fazer obras no aeroporto Humberto Delgado”. “O Governo esteve a dormir para fazer obras [na Portela]. Não me peçam que faça em sete dias o que o Governo não fez em sete anos”, referiu.