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No final do debate do Estado da Nação, esta quarta-feira, Luís Montenegro criticou o Primeiro-Ministro por insistir no “folclore político habitual” que é característico de António Costa, em vez de responder às necessidades prementes dos portugueses.
O Presidente do PSD saudou as intervenções dos deputados do grupo parlamentar social-democrata, que se “centraram no conteúdo” e mostrou “honra” pela obra de Pedro Passos Coelho, que tirou Portugal da bancarrota socialista. “Se o que se pretende é olhar para trás, vou dizer mais uma vez que tenho uma grande honra e um grande orgulho em ter estado ao lado de Pedro Passos Coelho e tirado a ‘troika’ de Portugal. Exorto o dr. António Costa a dizer se tem o mesmo orgulho e a mesma honra de ter estado ao lado de José Sócrates, que trouxe a bancarrota e a ‘troika’, e a António Guterres que deixou o país num pântano”, precisou.
Luís Montenegro lembra que o Governo continua sem responder ao desafio do PSD, de devolver aos cidadãos os impostos que o Estado está a arrecadar a mais com a subida da inflação. “Senhor Primeiro-Ministro, o Governo de Portugal está ou não disponível para desse valor, que nunca será inferior a 3 mil milhões de euros, devolver 300, 400, 500 milhões de euros, às famílias mais vulneráveis, aos pensionistas que ganham poucas centenas de euros, às pessoas que têm apoios sociais? Verifiquei com estupefação que o Governo não respondeu, o Primeiro-Ministro disse que em setembro logo se vê”, afirmou.
O Presidente do PSD lamenta que António Costa prefira “divertir-se na retórica” e reafirma que o “que interessa à vida dos portugueses é saber se vai haver médicos de família para 1,3 milhões de portugueses que não têm médico de família, se vai haver reforço do SNS para que não encerrem urgências, se vai haver professores para os alunos, se o Estado vai devolver aos mais vulneráveis os mais de 3 mil milhões de euros de impostos que vai cobrar”.
Durante mais de quatro horas, o Primeiro-Ministro optou por não responder aos 17 pedidos de esclarecimento dos deputados, adiou para mais tarde apoios para as famílias, instituições e empresas, apesar de ter acabado por admitir que Portugal está pior do que há um ano.