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Luís Montenegro acusa o Primeiro-Ministro de contribuir para a degradação das instituições como não há memória em Portugal.
“Em cima de todo o empobrecimento que o país tem vivido, em cima de todos os problemas que têm atingido as pessoas, nós estamos também a assistir a uma degradação institucional como não há memória”, declarou.
Em Arronches, esta terça-feira, num jantar com militantes e simpatizantes do PSD, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal em Portalegre”, Luís Montenegro assinalou que, além de “um conjunto de demissões no Governo, que não tem nenhum paralelo na nossa história democrática, agora, pelos vistos, temos a vontade de um Primeiro-Ministro de querer entrar em conflito com o Presidente da República”.
O líder social-democrata lamentou que o Primeiro-Ministro esteja “zangado”, porque o Presidente da República exerceu as suas competências, ao vetar um pacote legislativo na área da habitação. “Se o Primeiro-Ministro não tem ´fair play democrático` para conviver com o equilíbrio de poderes em Portugal, se o Primeiro-Ministro fica amuado, se o Primeiro-Ministro quer acrescentar à crise socioeconómica que já temos, também uma crise institucional, vai por mau caminho e escusa-se de vir armar em vítima, porque aqui a responsabilidade é só dele”, acrescentou.
Luís Montenegro exemplificou com a postura de António Costa na reunião de Conselho de Estado, afirmando que o Primeiro-Ministro se apresentou “amuado” e sem apresentar explicações aos conselheiros de Estado.
“Houve um Conselho de Estado e parece que houve um Primeiro-Ministro amuado. Houve um Primeiro-Ministro que não prestou explicações aos conselheiros de Estado, ao senhor Presidente da República, não prestou explicações sobre a situação económica, sobre a situação social, sobre aquilo que é a sua responsabilidade. Eu não sei se o Primeiro-Ministro tenciona andar a vitimizar-se à conta desse conflito que está a criar com o senhor Presidente da República para ver se tem algum ganho político, partidário, eleitoral no próximo ano, não sei, desconfio, que deve ser qualquer coisa como isso”, afirmou.
Numa intervenção de 30 minutos, o líder do PSD recordou que Portugal está “mais pobre e desigual”, voltando a exigir que o Governo baixe os impostos e criticou António Costa em relação à política agrícola, afirmando também que a ministra da Agricultura “não tem autoridade”.
“O país como um todo é um país que está mais pobre, o país como um todo é um país onde o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está cada vez pior, do que é que vale ao PS encher a boca a dizer que foi o pai e a mãe do SNS, coisa que nem sequer é verdade, mas enfim, vamos deixá-los com essas conversas”, disse.
“Sentir Portugal em Portalegre” termina esta quarta-feira.