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Rui Rio critica o alívio das restrições da pandemia ainda antes de 26 de setembro, “medidas do Governo para beneficiar o PS” eleitoralmente. “O Governo e o PS acreditam que, aliviando as medidas [covid-19] quase na totalidade, ainda que não entrem já em vigor, isso lhes traz vantagem. Não me parece bem usar medidas do Governo para beneficiar o PS em sede eleitoral. Mas cada um joga com as armas que tem em função dos seus parâmetros éticos”, afirmou Rui Rio.
Numa visita de dois dias à ilha de São Miguel, nos Açores, na reta final das eleições autárquicas, Rui Rio referiu que nenhuma das medidas anunciadas surpreendeu, mas, tendo em conta a entrada em vigor das medidas em outubro, alertou para a proposta do PSD, recusada pelo Governo, de adiar as eleições autárquicas em pelo menos um mês. “Numa campanha autárquica, é importante estar junto com as pessoas. Faz muita diferença estar ou não estar de máscara, teríamos feito uma campanha muito melhor [se o Governo tivesse concordado em adiar as eleições marcadas para domingo]”, declarou.
Rui Rio lamentou as declarações do secretário de Estado da Internacionalização sobre a pandemia de covid-19 e criticou o PS por “roçar o absurdo” em fim de campanha eleitoral. “Ouvi o secretário de Estado Eurico Brilhante Dias, em dia que me parece não brilhante para ele, dizer que pandemia [de covid-19] até acabou por ser boa para a marca Portugal, o que é uma coisa que até toca o ridículo”, observou.
Segundo Rui Rio, “à medida que a campanha avança e chega ao fim, começa a não haver muito para dizer e começam a inventar, mas chegar ao ponto de apresentar António Costa como o homem que nos salvou da pandemia e um secretário de Estado dizer que pandemia nem é má, já começa a reinar o absurdo”.
Rui Rio acusou ainda o secretário-geral do PS de distorcer as suas palavras sobre os apoios sociais, salientando que apenas alertou para a necessidade de haver “maior fiscalização desses apoios, por estar a ouvir permanentemente empresários dizerem que não tem mão de obra e que as pessoas não vão trabalhar porque estão a beneficiar de apoio social”.
“O que eu disse é que, para ter certeza de que é só para quem precisa e ninguém se aproveita [dos apoios sociais], tem de haver fiscalização. Temos de dar aos que precisam. Até podemos dar mais do que damos. Mas a quem precisa. António Costa percebeu o que disse, mas fez o que faz algumas vezes: distorce um pouco o que eu disse para poder argumentar contra mim”, apontou.
Acompanhado por José Manuel Bolieiro, Rui Rio explicou que o encerramento da campanha nos Açores pretende “reforçar o peso que PSD” atribuiu ao arquipélago, depois de o PSD ter voltado a gerir os destinos do arquipélago.
A caravana nacional do PSD termina hoje as eleições autárquicas nos Açores. Estão previstas as seguintes iniciativas (horas locais):
10h00 - Campanha de rua na Ribeira Quente
Ponto de encontro às 09h45 – Junto ao Porto de Pescas da Ribeira Quente
14h00 - Contacto com a população em Ponta Delgada
Ponto de encontro no Largo 2 de Março, ponta Delgada
15h00 - Comício no largo da Igreja matriz
16h00 - Contacto com a população em Arrifes
Ponto de encontro no Quartel
