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Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde, esta sexta-feira, os deputados do PSD querem saber por que razão a Direção Geral da Saúde opta por administrar apenas com uma dose os utentes recuperados de covid-19. Segundo o PSD, este critério contraria uma recomendação científica do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doença (ECDC).
Para o PSD, “não havendo constrangimentos logísticos, e perante a existência de uma recomendação científica em sentido inverso, carece de sustentação da norma da DGS em vigor”.
O grupo parlamentar do PSD sublinha que “a atual norma da Direção Geral de Saúde determina que aos indivíduos previamente infetados com o Sars-Cov-2 deve ser administrada apenas uma dose de vacina, de um esquema vacinal de duas doses. Tal norma contraria a recomendação científica do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, que aconselha a administração de duas doses de vacina contra a covid-19 a pessoas de risco, mesmo que tenham estado anteriormente infetadas com o Sars-Cov-2” e que já, em 2 de julho, a bancada social-democrata requereu ao Governo que “a DGS seguisse a recomendação do ECDC e passasse a administrar duas doses de vacina a recuperados de Covid-19, seguindo aquela que já é a prática da maioria dos Estados-membros”.
“Não tendo sido feita nenhuma alteração ao esquema vacinal, o PSD questionou o coordenador da Task Force, o Vice-Almirante Gouveia e Melo, sobre se a administração de uma segunda dose consistiria um problema logístico. Em audição na Comissão de Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social, em 23 de julho, em conjunto com a Comissão de Saúde, o Vice-Almirante Gouveia e Melo avalizou que haveria condições logísticas para administrar uma segunda dose a recuperados, estimando que se tratará de um universo de 450 mil doses”, afirmam.
O PSD pergunta:
1. Qual o critério ou critérios que sustentam a atual decisão da DGS de administrar apenas uma dose de um esquema vacinal de duas doses contra a Covid-19 a indivíduos que tenham estado infetados e tenham recuperado da doença?