Notícias relacionadas
Luís Montenegro acusa o secretário-geral do PS de “imaturidade política” e de “falta de preparação” por apresentar versões contraditórias sobre a disponibilidade dos socialistas para viabilizar um governo minoritário liderado pelo PSD.
“O candidato a primeiro-ministro do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, até segunda-feira, disse sempre que nunca estava em causa, pela parte do Partido Socialista, viabilizar um governo da AD; na segunda-feira, disse que viabilizaria; hoje já disse duas ou três coisas diferentes. É mesmo caso para dizer que aquilo que aconteceu segunda-feira não era uma convicção, era uma conveniência para aquele momento”, afirmou.
Esta quarta-feira, em Setúbal, perante centenas de simpatizantes, o líder da AD sublinhou que “Pedro Nuno Santos quis dar uma de moderado e acabou por trazer ao de cima a sua imaturidade política e falta de preparação para poder dar credibilidade a um projeto governativo”.
Luís Montenegro reafirmou a confiança numa vitória eleitoral da AD no dia 10 de março. “Eu quero ser muito claro: a questão fundamental é que quem vai viabilizar um governo da AD são os portugueses. Nós não estamos à espera de outra resposta”, declarou.
Aos setubalenses, Luís Montenegro lembrou que o PS governou o país em 22 dos últimos 28 anos, os últimos oito com maioria absoluta, seis deles com o apoio parlamentar do PCP e do BE e os últimos dois anos com uma maioria absoluta socialista, mas em que se agravaram os problemas da habitação, da insegurança, da falta de professores e da saúde.
No comício em Setúbal, que tem como cabeça de lista da AD Teresa Morais, Luís Montenegro assegurou que a saúde será uma prioridade de um futuro governo da AD, ao mesmo tempo que criticava o Partido Socialista, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda por serem “os maiores amigos da medicina privada em Portugal”.
“Nunca em Portugal, tantas e tantos portugueses tiveram de subscrever um seguro de saúde”, salientou, recordando que mais de 3,3 milhões de portugueses subscreveram seguros de saúde para poderem ter garantias de atendimento.
O líder da AD comparou o número de hospitais construídos desde o último governo de coligação PSD/CDS-PP. “Nos últimos oito anos, foram inaugurados 32 hospitais no setor privado da saúde, ao mesmo tempo que foram inaugurados zero no setor público pela mão do Partido Socialista. Tanta vontade de diabolizar os quatro anos [do governo PSD/CDS] de recuperação da nossa autonomia e da nossa credibilidade, e, naqueles quatro anos em que era difícil, em que nós não tínhamos capacidade de decisão, em que nós não tínhamos meios financeiros, em que não havia Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em que estávamos cercados por todo o lado, naqueles quatro anos fomos capazes de inaugurar sete novos hospitais”, referiu.