Luís Montenegro assegura que o Governo pretende chegar ao final do corrente ano com “contas públicas positivas”, embora a situação deixada pelo Executivo socialista “não corresponda à situação que era, de forma muito enfática, apresentada”.
Esta quarta-feira, no Parlamento, no debate quinzenal, a propósito de uma pergunta de Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, sobre a “meta” das contas públicas, o Primeiro-Ministro referiu que há mais “responsáveis” pelo estado das “contas públicas em 2024 e 2025”, ou seja, os partidos que aprovaram medidas com impacto orçamental. “É bom que o país saiba que estes partidos [PS e Chega] quiseram legislar em substituição do Governo”, sublinhou.
Luís Montenegro lembra que “os cofres não estavam “cheios” e o país não “nadava em dinheiro”. Ainda assim, apesar de o PS ter tentado “confundir o país” sobre os números, e com “acréscimo de despesa” extraordinária, quase se gastou “50% da dotação provisional do Ministério das Finanças”, “não há nenhuma razão para alarme” em matéria orçamental.
No debate quinzenal, Luís Montenegro começou por associar-se “à evocação” feita em plenário e à “homenagem da bravura dos soldados ucranianos que estão a ser tratados em Portugal”, 11 dos quais se encontravam presentes nas galerias do Parlamento. “Quer este quer o Governo anterior estiveram sempre empenhados na ajuda à Ucrânia, (…) na sequência da agressão que a Rússia fez e faz todos os dias ainda a este país, colocando em causa os valores da democracia, dos direitos humanos, da dignidade da pessoa humana e do respeito pelo direto internacional”.
Sobre a agenda anticorrupção, o Primeiro-Ministro reiterou que conta com os contributos de todos os partidos e que este é só o “início” de um caminho que também inclui um período de consulta pública, assim como um instrumento para que a Assembleia da República receba contributos sérios e construtivos dos partidos. Tudo para dar “eficácia” no combate contra corrupção.
Na abertura do debate, o líder parlamentar do PSD saudou o Governo pelo programa anticorrupção, “exemplo do diálogo que o Governo deve ter com o Parlamento”.
“Reina a confusão no PS que em campanha defendia que se devia chegar a acordo sobre a recuperação integral do tempo dos professores, mas passadas as eleições cai a máscara ao PS”, apontou Hugo Soares, criticando ainda a posição dos socialistas, nomeadamente do deputado socialista Miguel Matos, que falou em acordo “milionário” só porque o Governo chegou a acordo com os professores quanto ao descongelamento de carreira dos docentes.
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