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Luís Montenegro considera que, “ao contrário do que diz o Governo”, paira hoje no país “uma perspetiva de desesperança, de falta de ambição e de soluções para inverter” a situação presente. Perante dificuldades conjunturais, mas também necessidades estruturais, salienta o líder do PSD, o Governo não dá “soluções para atrair investimento, criar mais riqueza”, não tem “ambição” ou limita-se a “cobrar mais impostos ou a cortar no investimento público, ou então a fazer as duas coisas ao mesmo tempo”.
O Presidente do PSD, que falava após a votação final global do Orçamento do Estado de 2023, no Parlamento, esta sexta-feira, critica a atuação do Governo “na vida real dos portugueses”, que “estão hoje a sofrer o aumento dos preços dos bens essenciais, da alimentação e dos custos da habitação”. “Por detrás das estatísticas, está um sistema de saúde que não responde às necessidades, um sistema de educação que deixa 60 mil alunos sem aulas no primeiro dia, onde milhares de jovens têm dificuldades extremas em aceder ao mercado de habitação”, apontou.
Num comentário à notícia do semanário “Expresso” de hoje de que a Roménia irá ultrapassar Portugal, em 2024, no PIB per capita, Luís Montenegro aproveitou para criticar o fracasso dos governos socialistas, que agravaram a trajetória de empobrecimento de Portugal e levaram à perda de competitividade em relação aos parceiros europeus. “Temos vindo a chegar-nos para a cauda da Europa. Portugal, em vez de estar a caminho do pelotão da frente, está numa posição de carro vassoura da Europa e a ser ciclicamente ultrapassado. Portugal é hoje um país claramente mais pobre do que em 2015, quando o dr. António Costa e o PS chegaram ao Governo”, sublinhou.
Luís Montenegro criticou ainda o Governo por se queixar das polémicas que “ele próprio motiva” e se vê envolvido. “Eu pergunto qual foi o caso que afetou um membro do Governo que teve origem na oposição? Todos os casos radicaram em intervenções absolutamente infelizes ou despropositadas do Governo ou então em circunstâncias que tiveram a ver com o exercício de funções, com uma agravante: sempre com grande cobertura e cumplicidade do Primeiro-Ministro”, salientou.
“O país está sempre na mesma, ou pior”, concluiu.