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Luís Montenegro considera que a geringonça trouxe “uma versão moderna” do “gonçalvismo”, que tem “o seu mais fanático defensor” Pedro Nuno Santos, juntamente com a “Cinderela”, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua.
No discurso de abertura do 41.º Congresso Nacional, o líder social-democrata referiu que os princípios de toda a esquerda “são os mesmos: nacionalizações, ocupação do aparelho do estado, baixos salários para todos, subsidiodependência, intolerância política, arrogância, degradação institucional e um novo desígnio socialista, bloquista e comunista, impostos máximos e serviços públicos mínimos”.
A propósito do local da data e do local da reunião magna social-democrata, Luís Montenegro salientou que “não foram indiferentes”, constituindo uma “oportunidade para lembrar aos portugueses que a liberdade nunca é um valor garantido em termos definitivos". “Nem de propósito realizamos este Congresso neste 25 de Novembro, quando o país vai ter novamente a oportunidade de dizer não ao ‘gonçalvismo’, hoje adornado numa versão moderna que se batizou como geringonça”, afirmou.
O Presidente do PSD criticou ainda Pedro Nuno Santos, sobre a gestão em torno da TAP, mas também recordando outra polémica com o ex-ministro das Infraestruturas. “Aos que acreditam que decisão de localização do novo aeroporto não é capricho de uma pessoa que acordou de manhã e disse ao espelho: espelho meu, quem decide um aeroporto mais rápido do que eu?”, interrogou.
Luís Montenegro destacou que “os portugueses têm no PSD” um partido “moderado, aberto, humilde, responsável o porto de abrigo o porto seguro do seu voto”. “O PSD que, tal como afirmei no último Congresso, não é extremista, não é radical, não é um ultraliberal. Este PSD que vimos erguendo de terra a terra de baixo para cima, é interclassista, que é liberal na economia, mas que tem uma forte convicção que são as políticas públicas que promovem a justiça social e a igualdade de oportunidades. Este PSD, que mais do que ser de esquerda ou de direita, é das pessoas, é para as pessoas”, disse.
Luís Montenegro comparou Pedro Nuno Santos a José Sócrates: “Quando o mais fiel e fervoroso adepto da geringonça se apresenta agora a falar mansinho, com a doçura de plástico, vem agora falar assim é caso para dizer: ‘Deus nos livre de ter um radical à frente do governo’.”
Abertura dos trabalhos
O 41.º Congresso do PSD arrancou pelas 10h25, no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada, com a intervenção do Presidente da Mesa do Congresso, Miguel Albuquerque.
O líder da concelhia de Almada do PSD, Paulo Sabino, criticou a governação local socialista (“onde a esquerda manda nada anda”), dos transportes aos hospitais, e resumiu a dizer: “Margem sul tão socialista, tão comunista, tão atrasada.”
Pouco depois, o Presidente da distrital de Setúbal do PSD, Paulo Ribeiro, salientou o significado do 25 de Novembro de 1975 para a democracia portuguesa e sublinhou que é a primeira vez que o PSD realiza um congresso no distrito, onde “é melhor não adoecer tendo em conta o estado dos serviços de saúde hoje”.
O 41.º Congresso foi convocado com o objetivo principal de rever os Estatutos do PSD.