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O PSD acusou o PS de inviabilizar a audição do ministro da Administração Interna sobre o encerramento de esquadras da PSP.
Em declarações no Parlamento, o Vice-Presidente da bancada do PSD, Paulo Rios de Oliveira, lamentou que, embora existisse a aprovação de todos os grupos parlamentares, o PS tenha “feito uso da maioria absoluta, não para governar, mas para obstaculizar”.
De acordo com Paulo Rios de Oliveira, perante o encerramento de esquadras, o PSD considera que o ministro da Administração Interna tem de explicar “que estratégia tem para as forças de segurança, se faltam efetivos, onde é que faltam, porque é que faltam e qual é a estratégia”. Contudo, na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o PS rejeitou a apreciação do requerimento do PSD para audição do governante, remetendo apenas para setembro a sua discussão.
Para o PSD, esta matéria deve ser tratada já, e não em setembro, após a pausa dos trabalhos parlamentares, sustentando que a Assembleia da República funciona a todo o tempo e os problemas do país não se compadecem com os calendários e com as deliberações do parlamento.
“As pessoas além de segurança, têm de ter sentimento de segurança, e para isso é preciso ter os agentes na rua. Não existem na rua, e também não existem nas esquadras. Onde para a polícia, onde para o ministro?”, questionou, acusando o PS de “ora varrer os problemas para debaixo do tapete, ora esconder debaixo da saia os ministros”.
Com o PS a defender que o requerimento apresentado pelo PSD para ouvir o ministro será debatido e votado “em momento oportuno”, o social-democrata frisou que “este é o tempo oportuno. A criminalidade não faz férias, o parlamento não faz férias, existem formas deste órgão de soberania funcionar 365 dias por ano e o PSD não abdica daquela que é a sua primeira função que é exercer a sua atividade fiscalizadora sobre a ação do Governo”, insistiu.