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Carlos Peixoto acusa o Governo de tratar as nossas forças de segurança com desconsideração, sem respeito e com total desprezo, a propósito da atribuição do subsídio de risco. Numa declaração aos jornalistas, o Vice-Presidente da bancada do PSD recordou que, aquando do debate do Orçamento do Estado, os sociais-democratas apresentaram uma proposta que foi incluída no documento e que obrigava o Governo a negociar a atribuição do suplemento de risco da GNR e da PSP.
Contudo, adianta o deputado, “o resultado que ontem vimos indignou e chocou os agentes que foram brindados com um 58,30€”, um valor que preocupa o PSD. “Não é viável que um Estado que deve mostrar a sua autoridade, apenas os incentive com um suplemento deste valor que é absolutamente irrisório, quando comparado com outros valores pagos a outras forças de segurança”, afirmou, adiantando que um inspetor do SEF recebe mensalmente um suplemento de risco de 405.88€ e um agente da PJ 340€.
Carlos Peixoto afirma ainda que este valor demonstra que “o Ministro da Administração Interna não tem a menor força” junto dos seus colegas ministros, no sentido de impor ao Ministro das Finanças uma outra valorização do ponto de vista remuneratório. “Isto revela um ministério fraco, à deriva, sem nenhum tipo de rumo,”, sublinhando que o responsável político por isto tudo é o Primeiro-Ministro que, “contra tudo e contra todos, de olhos vendados, mantém o seu Ministro da Administração Interna em funções”.