Rui Rio é “totalmente favorável” aos apoios sociais – que até poderiam ser aumentados se a riqueza do país permitisse – mas considera que é preciso “fiscalização exigente e rigor” para evitar “abusos”.
Em Caminha, no sábado, o Presidente do PSD salientou que “os apoios sociais, seja o subsídio de desemprego ou o rendimento social de inserção (RSI) não são criados para levar as pessoas a não trabalhar, são criados para apoiar quem verdadeiramente precisa”.
Rui Rio reiterou que, como “social-democrata desde os 16 anos”, não é “obviamente” contra os apoios sociais, mas sim contra a sua distribuição “sem rigor e a fiscalização devida”. “Eu, se fosse primeiro-ministro, queria ajudar quem precisa, mas queria ser muito rigoroso e evitar que haja pessoas que se aproveitem dessa boa intenção do Estado. É preciso moralizar, não tem nada a ver com o Chega, está muito longe disso”, considerou.
Rui Rio admite que “a qualquer momento se podem ajustar” esses apoios, mas neste momento, o mais importante é “uma fiscalização exigente”.
“Não posso ter uma pessoa a quem é oferecido, uma, duas ou três oportunidades de emprego e vai recusando, ou até porque tem uma atividade lateral não registada. Os apoios sociais não foram feitos para isso, é preciso que sejam genuínos e dados a quem precisa”, explicou.
Rui Rio quis assim alertar para um problema que está a afetar muitos pequenos empresários e comerciantes com quem contactou nesta campanha autárquica. “O que ouço há bastante tempo é as pessoas dizerem que precisam de empregados e não têm, e não tem porquê? Porque não há? Não, porque as pessoas estão com o rendimento mínimo ou subsídio de desemprego e deixam-se estar e não querem trabalhar”, destacou.
Sobre o aumento dos preços da eletricidade, o líder do PSD precisou que “a questão da energia é uma questão séria” que pode “desacelerar” a retoma económica. “A questão da energia é uma questão séria em que a retoma da economia, não vou dizer que fica travada, mas fica desacelerada seguramente pelo custo de produção”, afirmou.