Luís Montenegro defende que Portugal precisa de mudar de governo “por uma questão de higiene democrática”, acusando o PS de confundir o executivo com o Estado.
“Precisamos de um governo novo, porque precisamos de ter mais futuro, porque o Partido Socialista falhou em tudo aquilo que é importante na vida social e económica do país e também precisamos por uma questão de higiene democrática”, afirmou.
Num jantar com militantes em Beja, no final do 2.º dia da iniciativa “Sentir Portugal”, o Presidente do PSD alertou que “o Partido Socialista tomou conta do Estado e acha-se mesmo o dono disto tudo”. “Estas eleições têm de ser aproveitadas para cortar o mal pela raiz”, vincou, referindo a necessidade de mudança do partido no governo, já que “tanto vale que ganhe um como ganhe o outro no PS”, “são farinha do mesmo saco”.
Luís Montenegro insistiu que “é preciso acabar com esta cultura de apropriação do Estado”. “Estes senhores julgam-se mesmo os detentores do poder absoluto e é preciso dizer aos portugueses que o Estado precisa de respirar e as pessoas e a sociedade têm de respirar. (…) A única coisa que vai acabar é a balbúrdia que o PS trouxe ao país”, realçou.
Num discurso de 30 minutos, o líder do PSD criticou o tom “deprimente” com que António Costa se referiu a Cavaco Silva, na segunda-feira, durante uma entrevista à TVI/CNN Portugal. “Uma das frustrações que seguramente o dr. António Costa é que em termos de projeto, capacidade de realização, progresso e desenvolvimento, o professor Cavaco Silva dá, não é 10, é 100 a zero a António Costa como primeiro-ministro”, apontou.
O líder do PSD afirmou-se ainda chocado por ver “todos os dias cerimónias” em que participam membros do atual Executivo socialista, agora em gestão, “como se o Governo estivesse a iniciar” funções.
Em relação ao Baixo Alentejo, Luís Montenegro lembrou que o PS tem nesta região dois deputados e a presidência de 10 câmaras municipais, concluindo que, mesmo com um Governo do mesmo partido e com maioria absoluta, “não conseguem nada para o distrito”.
“É o cúmulo da incompetência política”, sintetizou.
A iniciativa “Sentir Portugal em Beja” termina esta quarta-feira com iniciativas nos concelhos de Odemira e Ourique.
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