O Presidente do PSD pretende colocar a agricultura “no centro da atividade política do Governo” e adotar medidas “mais amigas” do setor e uma nova estratégia para a gestão da água.
“Portugal deve ter uma aposta estratégica no setor agrícola”, declarou.
Esta quarta-feira, em Ourique, no terceiro e último dia da iniciativa “Sentir Portugal em Beja”, Luís Montenegro, que esteve acompanhado pelo líder da Distrital de Beja, Gonçalo Valente, começou o dia no concelho vizinho de Odemira com um encontro com produtores agrícolas.
Assinalando que estes agricultores “precisam de ser apoiados”, o Presidente do PSD apontou a necessidade de o país colocar “o setor e o Ministério da Agricultura no centro da atividade política do Governo”.
“O problema em Portugal não é só termos uma ministra que não é, infelizmente, respeitada pelo setor. É que tivemos uma liderança governativa que subestimou o potencial que o mundo agrícola traz a Portugal”, salientou.
Luís Montenegro defendeu que o país deve ter, através de políticas públicas, uma intervenção para que os produtores e agricultores possam “tirar partido do seu conhecimento e do seu potencial”.
Uma das políticas públicas nesta área que o presidente social-democrata considerou crucial e que “foi muito menosprezada nos últimos anos” é a gestão da água.
“Portugal tem um problema, mais do que falta de água, de falta de capacidade de gerir a água que tem, de poder reter água e de poder, simultaneamente, assegurar o abastecimento das populações e, ao mesmo tempo, também preservar os ecossistemas e dar à agricultura as condições para ser mais produtiva”, referiu.
Nesse sentido, o líder do PSD propõe-se a agilizar procedimentos, com menos burocracia, tornar o Estado pontual a cumprir as suas obrigações, fazer uma boa gestão da água e lançar um Plano de Regadio de norte a sul do país.
“Portugal tem boas possibilidades de poder criar muito mais riqueza do que aquela que criou até agora e do que aquela que o próprio Governo projeta para os próximos anos”, realçou, considerando possível “multiplicar por três as perspetivas de crescimento que o Governo socialista deixou”.
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