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Luís Montenegro considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2024 é “um embrulho”, “um Powerpoint”, “pura brincadeira, pura demagogia, puro oportunismo”, não traz “grande novidade”, apenas “cobra mais impostos”, ignora o investimento público e “não responde às necessidades das pessoas”.
“É uma espécie, mais uma vez, de um Orçamento pipi, que aparece bem vestidinho, muito apresentadinho, mas que é só aparência, é assim muito betinho, parece que faz, mas não faz, apresenta objetivos, ideias, mas depois não concretiza nada. É o fato que o dr. António Costa apresenta todos os anos”, afirmou.
Intervindo na abertura do Conselho Nacional do PSD, na Maia, esta terça-feira, o Presidente do PSD referiu que “a nota [do Governo] dominante continua a ser impostos máximos, serviços mínimos”. “Esta é a 9.ª proposta de Orçamento que o dr. António Costa apresenta ao país, consecutiva, seguida. Aquilo que o dr. António Costa não fez em 8 anos é muito difícil que ele e o Partido Socialista façam nos próximos 2, 3 anos”, acrescentou.
Luís Montenegro criticou a “demagogia” do Governo, por apresentar “um embrulho, com fugas seletivas para os jornais”. “Eles são mestres nessa propaganda, só que isso não resolve os problemas”, apontou.
O líder do PSD assinalou ainda que esta quarta-feira, no Parlamento, o PSD irá “pedir contas ao Governo, que está efetivamente a criar um sentimento de insegurança” na saúde, na escola, na habitação, na justiça, porque “a falta de resposta dos serviços cria um sentimento de insegurança, também nas pessoas que não têm problemas de saúde”.
Luís Montenegro acusou em concreto o ministro da Saúde de ser o responsável da “completa instabilidade” do SNS. “Um ministro [Manuel Pizarro] que anda qual barata tonta a ver para que lado é que se há de virar, para dar a desculpa do dia, que ainda não teve um tempo para apresentar os estatutos da Direção Executiva do SNS”, ironizou.
No final do discurso de abertura, o líder PSD questionou a total incapacidade do Governo socialista. “Alguém acredita que este Orçamento vai dar um médico de família, que faz falta a mais de 1 milhão e 600 mil portugueses? Alguém acredita que é este Orçamento que vai resolver finalmente o problema da incapacidade de termos consultas atempadas, cirurgias atempadas, no Serviço Nacional de Saúde? Alguém acredita que é este Orçamento que vai colocar os professores que faltam na escola? É este Orçamento que vai dar a oportunidade nos próximos anos de temos 35.000 professores dentro do sistema? Alguém acredita que é este Orçamento que vai dar uma habitação às famílias mais vulneráveis? É este Orçamento que vai permitir aos jovens terem acesso ao crédito à habitação que lhes permita adquirir casa? É este orçamento que vai dar maior oferta no mercado de arrendamento para que as rendas possam baixar? Nada disto vai acontecer, nada disso se consegue depreender do Orçamento”, disse.