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Luís Montenegro conta com os jovens para mudar Portugal e para protagonizar um novo ciclo de governação, com menos impostos e mais crescimento económico, inspirado no modelo de Aníbal Cavaco Silva.
“Eu quero-vos cá, nós precisamos de vocês cá, vocês são imprescindíveis para termos uma sociedade justa, uma sociedade produtiva, competitiva, que crie riqueza”, afirmou.
Este sábado, num encontro com a juventude em Famalicão, depois de ter estado em Amarante, na Trofa e em Braga, o líder da AD declarou que a presença de muitos jovens nesta campanha “é a primeira garantia” que não só a AD vai vencer, como vai “transformar a vida do país”.
Luís Montenegro recordou as medidas do programa da AD dirigidas especificamente aos jovens, como uma taxa máxima de IRS de 15% até aos 35 anos, isenções fiscais na compra da primeira casa ou a promessa de ensino universal e gratuito dos zero aos seis anos.
“É um estímulo para que fiquem cá, eu não quero que vocês emigrem, nem hoje nem amanhã”, apelou.
O líder da AD assegurou que vai criar condições para travar a emigração de jovens, para juntar "a família de Portugal".
“É para eles poderem estar junto das suas famílias e dos seus amigos, e é também para que os seus pais e os seus avós não fiquem com aquele aperto no coração de olharem em volta e verem que os seus filhos e os seus netos estão a muitos milhares de quilómetros de distância. É a olhar para a família de Portugal que nós estamos aqui”, assinalou.
Nesta ocasião, Luís Montenegro dirigiu-se também aos "reformados, aposentados", para lhes dizer que quer "que continuem a ter uma vida ativa" e "não lhes falte aquilo que é essencial: dinheiro para terem uma boa alimentação, dinheiro para poderem ir à farmácia buscar os medicamentos de que precisam, dinheiro para terem uma vida feliz ao lado dos seus filhos e dos seus netos".
Num almoço-comício na Trofa, perante 2.000 simpatizantes, o Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou que votará na Aliança Democrática nas eleições legislativas de dia 10, porque “ser independente não é ser neutral”.
“Meu caro Luís [Montenegro], nós não temos medo, o país não vai votar por medo. Eu, pela minha parte, já fiz a minha escolha: eu vou votar AD, espero que votem AD e que no dia 10 lhe possa telefonar a dar os parabéns”, disse.
Rui Moreira justificou ainda o seu apoio à AD quer pelas qualidades humanas e políticas de Montenegro, quer pelo projeto económico da coligação, defendendo que “é preciso criar mais riqueza para combater a pobreza”.
“As metas da AD são possíveis, é possível crescer, criar mais rendimento (…). Não nos proíbam de sonhar, não nos tentem meter medo”, pediu, dizendo que nos anos 80 do século passado o país teve crescimentos de 6%, que considerou poderem voltar a ser possíveis se o Estado “não estiver permanentemente a segurar as rédeas”.
O autarca questionou porque é que a classe média – que “sustenta o Estado social com os seus impostos, mas não beneficia dele” – “deixou de confiar na escola pública e se vê obrigada a ter seguros de saúde”.
Antes, o líder do CDS-PP, Nuno Melo, fez questão de repetir o apelo aos indecisos, depois de em Santa Maria da Feira se ter enganado e pedido o voto em Pedro Nuno Santos, que rapidamente corrigiu, mas que se tornou viral e até já foi comentada pelo secretário-geral do PS.
No comício de Braga, durante a tarde, Luís Filipe Menezes perguntou “onde estão ex-líderes do PS”, como Vítor Constâncio, Ferro Rodrigues ou António José Seguro, e considerou que a presença de António Costa na campanha socialista é “tentativa desesperada de branquear falhanço” de Pedro Nuno Santos.
“Eu sei que o líder do PS adora automóveis de luxo – agora parece que os esconde – mas o comparar o doutor Nuno Santos com o professor Cavaco Silva é comparar um Ferrari com um calhambeque encostado numa garagem, não se compare”, apelou.
Neste comício, que contou com a presença na primeira fila do ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, o cabeça de lista da AD por Braga e Secretário-geral do PSD, Hugo Soares, também pôs a tónica nas críticas a Pedro Nuno Santos, que acusou de “acenar com o papão e o lobo mau” sobre a campanha da AD.
“Todos conhecemos a história do Pedro e do lobo mau, não faça como na história, tantas vezes acena com o papão, tantas vezes acena com o lobo mau, que qualquer dia já ninguém acredita em Pedro Nuno Santos”, criticou.
Hugo Soares também aludiu à presença de António Costa na campanha do PS e disse que é o “momento de perguntar porque é que Pedro Nuno Santos, que não serviu para ministro, serviria para primeiro-ministro de Portugal”.
“O Luís é um de nós, acabou essa coisa dos sebastianismos, vamos mesmo ter um primeiro-ministro de Portugal que é um de nós, como eu, como qualquer português”, concluiu.