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Luís Montenegro garante que só governa se a AD ganhar as eleições por respeito à vontade popular.
"Eu disse antes, estou a dizer durante e é mesmo o meu compromisso: eu só governarei como primeiro-ministro se ganhar as eleições", realçou.
Esta sexta-feira, num comício da Aliança Democrática (AD) no Europarque, em Santa Maria da Feira, o líder da AD rejeitou quaisquer arranjos partidários. “Eu quero respeitar a vossa decisão. Eu quero a legitimidade da vossa vontade. Eu não vim para fazer arranjos partidários. Eu não vim para vacilar nos princípios e nos valores em que sempre acreditei”, referiu.
Luís Montenegro reiterou que o seu foco é melhorar a vida dos portugueses. “Eu vim para mudar o país, eu vim para acreditar nas pessoas, eu vim para dar aos jovens um futuro, eu vim para ter uma classe média forte, eu vim para ver os pensionistas, os avós com dignidade ao lado dos seus filhos e ao lado dos seus netos. Nós estamos aqui para receber do povo o mandato para mudar a vida do país”, apontou.
Neste comício, Luís Montenegro estabeleceu a diferença entre a AD e o PS. “Do outro lado do PS temos o maior exercício de instabilidade da história da democracia portuguesa. Um governo que dispõe de maioria absoluta no parlamento e que não é capaz de se aguentar é ou não é o cúmulo da instabilidade política", questionou.
Segundo Luís Montenegro, enquanto ministro das Infraestruturas, o que Pedro Nuno Santos fez na ferrovia foi "deixar tudo aquilo que estava planeado, orçamentado e financiado na gaveta", e na gestão TAP decidiu "por capricho ideológico nacionalizar uma companhia que estava em processo de privatização, injetar 3.200 milhões de euros do dinheiro dos contribuintes e no fim do dia ir privatizá-la na mesma".
Em relação aos funcionários públicos, defendeu que "devem ter um sistema de progressão sempre e só influenciado pelo seu desempenho, pelo seu mérito", que, prometeu, "estará sempre à frente do cartão partidário". “Para nós, a Administração Pública, os funcionários públicos devem ter carreiras atrativas – estamos com um problema de recrutamento de pessoas para trabalhar nos nossos serviços públicos – e devem ter um sistema de progressão sempre e só influenciado pelo seu desempenho, pelo seu mérito, pela sua capacidade de atingir resultados", afirmou.
Por sua vez, o antigo primeiro-ministro Durão Barroso criticou a alteração do símbolo institucional do Executivo, dizendo que os que não se identificam com o brasão de armas nacional “não são verdadeiros portugueses”. “Diziam eles que o logótipo, as nossas antigas armas, não eram suficientemente inclusivas, que há uma parte das pessoas que não se identificam com elas. Mas se esses portugueses não se identificam com o nosso brasão de armas, então para mim não são verdadeiros portugueses, nós não temos símbolos mais inclusivos do que esses”, ressalvou, agradecendo a Luís Montenegro já ter assegurado que, se for primeiro-ministro, deixará de usar o novo símbolo.
Durão Barroso invocou a sua experiência como Presidente da Comissão Europeia para recordar o período entre 2011 e 2014. “É preciso lembrar como fomos para lá e como saímos. Quem pôs Portugal na situação de bancarrota foi o Governo do PS, depois houve um programa de ajustamento dificílimo, e o Governo de José Sócrates foi substituído pelo de Pedro Passos Coelho”, sublinhou.
E lembrou ainda que Portugal conseguiu sair desse programa único em três anos, quando a Grécia demorou oito e teve três programas.
Emídio Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, função que exerce desde 19 de outubro de 2013, é o cabeça de lista da AD por Aveiro.