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Luís Montenegro acusa os partidos de esquerda de serem responsáveis pela degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que levou milhares de portugueses a recorrer a seguros privados para terem acesso a cuidados de saúde.
Depois de reunir com o conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra, esta quarta-feira, o Presidente do PSD salientou que “a verdade é só uma: com todas as juras de amor, com todas as ofensas que o PS, o PCP e o BE fizeram aos adversários, nunca o negócio dos privados floresceu tanto, nunca tantos portugueses tiveram de recorrer a seguros de saúde e a subsistemas equiparados”.
Para o Presidente do PSD, “o mau funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, como está hoje concebido (…), favorece quem tem mais meios económicos e desfavorece muito quem tem mais vulnerabilidades do ponto de vista financeiro”.
Luís Montenegro diz que sente “frustração enquanto português com a incapacidade do SNS em responder a muitas das solicitações das pessoas”, mostrando-se preocupado que Portugal “não tenha uma conceção de sistema público de saúde que envolva o prestador público, o SNS, mas também a complementaridade do setor social e privado para aqueles que precisam e não apenas para aqueles que têm dinheiro”.
O Presidente do PSD defende uma “maior autonomia” e “eficiência na gestão” que beneficie os utentes, nomeadamente nas listas de espera, no internamento e na calendarização cirúrgica.
Embora se tenha assistido à “quase duplicação do orçamento de Saúde”, os problemas continuam a agravar-se. “No PSD, já estamos a encetar esta reflexão. Objetivamente, o país precisa de perceber (…) se as decisões tomadas há alguns anos foram ou não de modo a criar bons resultados e qualidade de serviço. (…) O orçamento da Saúde, em 2015, era de 8 mil milhões de euros. Hoje ultrapassa os 13 mil milhões [de euros]”, referiu.
No caso concreto da pediatria, o líder do PSD desafia os poderes públicos a eliminarem burocracias desnecessárias e a darem uma resposta célere às famílias. “Impressionou-nos a entrega com que as famílias se lançam no acompanhamento de crianças com doenças crónicas e sabermos que ainda há muita burocracia, muitas redundâncias processuais, para que os mecanismos de apoio que a Segurança Social deve disponibilizar possam chegar efetivamente às famílias”, disse.
No terceiro dia da iniciativa “Sentir Portugal em Coimbra”, Luís Montenegro estará hoje nos concelhos de Coimbra, Penacova, Tábua e Oliveira do Hospital.