Rui Rio acusa o Primeiro-Ministro de semear ilusões e de fazer fogo-de-artifício com os dinheiros do Plano de Recuperação e Resiliência, “em cada canto e em cada esquina” por onde tem passado. “O Primeiro-Ministro, António Costa, usa a bazuca para fogo-de-artifício de facilidades e ilusões, ao género da bandalheira socialista que já nos levou à bancarrota”, apontou.
No 1.º encontro das Mulheres Autarcas Social Democratas, na Batalha, este sábado, o Presidente do PSD considerou que a governação socialista é “marcada pelo facilitismo e irresponsabilidade”.
Rui Rio apresentou detalhadamente a distribuição dos “milhões que o dr. António Costa anunciou nos últimos tempos aos portugueses”: “330 milhões para comboios, 554 milhões para o Metro de Lisboa, 723 milhões para ligações ferroviárias, 66 milhões para o Metrobus no Porto, 139 milhões para o Metro do Porto, mais 219 milhões para o Metro do Porto, mais 50 milhões para uma ponte no Douro, mais 2.750 milhões para habitação. Só aqui já estão 4,8 mil milhões de euros”, elencou.
Rui Rio continuou a enumerar as verbas para outras áreas ou investimentos, como “900 milhões de euros para a educação digital nos Açores, 750 milhões de euros para a modernização dos centros do IEFP, 5000 mil milhões para a qualificação e competências”. “Isto faz-me lembrar quando eu era miúdo e passava por uma feira e via aquelas camionetas a vender lençóis e diziam ‘e leve este lençol e pelo mesmo preço leve um e também leva o travesseiro e ainda leva mais um cobertor e uma chupeta para a criança. Leva tudo e não paga dez, não paga nove, não paga oito, paga cinco e pode levar também ainda um carro para a criança brincar’”, ironizou.
Segundo Rui Rio, as promessas que “nos últimos dias o Primeiro-Ministro tem andado a fazer” destinam-se a “captar a ilusão e comprar os votos para o PS”. “Esta é a política do PS e, neste caso concreto, é o Primeiro-Ministro, que já não se percebe se é com o fato de líder do PS ou com o fato de Primeiro-Ministro anda a prometer tudo e mais alguma coisa. Não interessa se cumpre ou não”, declarou.
Para Rui Rio, “isto já tem mais valores do que é a própria ‘bazuca’, muito mais do que isso, mas o que interessa é andar a semear ilusões para as pessoas, para que as pessoas, no dia 26 de setembro, votem no Partido Socialista, acreditando que isto vai ser cumprido”, quando tem a certeza de que “disto muito pouco vai ser cumprido”.
Rui Rio diz que a governação socialista “só conhece o facilitismo e a ilusão”, é “marcada, acima de tudo, pela irresponsabilidade”, citando, entre outros, os exemplos do Novo Banco, a TAP ou da nomeação de familiares e de militantes do PS para cargos públicos.
Neste encontro, a ex-Presidente do PSD Manuela Ferreira Leite referiu que Portugal é “um país com pouca sorte”, porque no momento em que podia “ter meios para poder ultrapassar determinados constrangimentos”, não vai “assistir a mais nada a não ser àquilo que é a propaganda socialista”. “Como é possível que se tente enganar as pessoas, que se tente prometer aquilo que se sabe que não se tem?”, interrogou.