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Rui Rio responsabiliza o Governo por não ter salvaguardado o interesse dos contribuintes, ao permitir que a EDP não tenha pagado imposto de selo – 110 milhões de euros – no negócio da venda de barragens no Douro.
Respondendo a uma pergunta da eurodeputada Lídia Pereira sobre energia, Rui Rio afirmou ser “uma vergonha” toda esta operação. “Não estou a culpar em nada a EDP, a EDP está a fazer o papel que lhe compete, quem eu estou a responsabilizar é o Governo, que deveria obrigar ao cumprimento da lei”, ressalvou.
“Como é que um Governo que anda à cata de todos os impostos e mais alguns, é forte com os fracos e fraco com os fortes”, criticou Rui Rio, em Coimbra, esta sexta-feira.
Para classificar este negócio, Rui Rio trouxe ao discurso o seu gato, de que já colocou várias fotografias no Twitter. “Faz-me lembrar um gato famoso, que é o meu o Zé Albino, gato escondido com rabo de fora”, afirmou.
Rui Rio acusou ainda o PS de, “na hora da verdade”, votar contra medidas para promover a descentralização. O melhor exemplo desta visão centralista foi a posição do PS em relação à transferência do Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra.
Nas “Conversas Centrais” em Coimbra, dedicada ao Ambiente, esta sexta-feira, Rui Rio aproveitou uma questão sobre o interior para voltar a um tema que marcou a última campanha autárquica. “O PS faz discursos pela descentralização, mas, quando chega à hora da verdade, faz exatamente o contrário”, criticou.
Rui Rio admitiu que, não sendo a transferência do TC para Coimbra que “mudaria o país”, seria “um primeiro passo para dar o exemplo”.
O Presidente do PSD defendeu a reforma do sistema político e a proposta de revisão da lei eleitoral da Assembleia da República apresentada pelo PSD, que só não foi entregue no Parlamento devido à sua dissolução.
“Eu espero – com pouca esperança, dada a fraca colaboração do PS –, mas gostava que as próximas eleições legislativas já fossem feitas noutro quadro, com círculos eleitorais mais pequenos”, afirmou.
Rui Rio recordou que o projeto do PSD pretende reconfigurar os círculos eleitorais, que elegeriam entre três e oito deputados (apenas o de Lisboa teria nove), o que permitiria aos eleitores conhecerem os seus eleitos, garantindo que o diploma “mantém a proporcionalidade entre partidos”.
“Fazemos uma discriminação positiva dos círculos mais pequenos (…) Isto também deve estar em apreciação no dia 30 de janeiro: há um partido que tem vontade de fazer uma reforma do sistema eleitoral”, apelou.
Sobre o ambiente, Rui Rio salientou o caráter “pioneiro” do PSD para as causas ecológicas, que teve em Carlos Pimenta, secretário de Estado do Ambiente, uma das primeiras referências em Portugal. “O PSD olha para o ambiente com o respeito necessário, percebendo que não há plano B. Temos de seguir o plano A e o plano A é descarbonizar”, destacou.