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Em Pedrógão Grande, na primeira deslocação oficial enquanto Presidente do PSD, esta segunda-feira, Luís Montenegro afirmou que Portugal passou de “uma época de pandemia para pandemónio” na saúde. “Passámos de uma época de pandemia [covid-19] para uma época de pandemónio. Temos hoje, em Portugal, um caos completo no sistema de saúde, que vai desde o encerramento de serviços à falta de profissionais e também à falta injustificada, inadmissível do apoio àqueles que no terreno contribuem, por exemplo, para o transporte de doentes, como é o caso dos bombeiros”, declarou.
Depois de uma reunião na Câmara Municipal de Pedrógão Grande, onde falou com autarcas, Luís Montenegro encontrou-se com a Liga dos Bombeiros Portugueses, onde aproveitou para exortar o Governo a saldar a “dívida que o Ministério da Saúde tem às associações humanitárias de bombeiros”, uma situação que o líder do PSD qualifica de “inadmissível”, caso contrário, “os bombeiros não vão ter condições de prestar o serviço”. “E não estamos a falar só do serviço de transporte. Por via da prestação desse serviço, cria-se um défice financeiro que faz com que os bombeiros não tenham meios para operações de socorro ainda mais relevantes, como acidentes, como incêndios florestais”, especificou.
Luís Montenegro acusa o Governo, em particular o Ministério da Saúde, de estar a asfixiar “financeiramente os bombeiros em Portugal”. “Não é o único, infelizmente, mas é o principal responsável”, declarou, apelando à ministra da Saúde, para “cumprir, por uma vez, a promessa de pagar aquilo que deve aos bombeiros”.
Luís Montenegro defende que “o Estado tem de ser uma pessoa de bem com todos os seus fornecedores de serviços, mas com este, em particular, tem de ter ainda uma atenção mais especial”.
Ao final da manhã, o líder do PSD reuniu com a Associação das vítimas dos incêndios de 2017. Luís Montenegro espera, sobretudo, que o Governo prepare a presente época de incêndios, porque “do ponto de vista do ordenamento florestal as coisas estão muito mal no que tange às responsabilidades do Estado”.
“Nunca, nunca, nos esqueçamos, porque é imoral esquecer, que fez agora cinco anos que um Governo viveu a mais trágica e vergonhosa incapacidade de estar ao lado de quem precisa quando não houve capacidade de salvaguardar mais de uma centena de vidas humanas nos incêndios de 2017”, alertou Luís Montenegro, no discurso de encerramento do 40.º Congresso, no domingo, no Porto.