Para Luís Montenegro, mais importante que os resultados que possam vir do encontro entre o Primeiro-Ministro português, o homólogo espanhol e o Presidente francês sobre a questão da energia, é reconhecermos que, durante sete anos, os Governos socialistas não puseram em prática os compromissos estabelecidos com a União Europeia no domínio das interconexões energéticas.
O Presidente do PSD lembra que, “desde 2015”, foi firmado o compromisso por “Portugal, Espanha e Comissão Europeia e com financiamento assegurado pelo Banco Europeu de Investimento”, a construção de um gasoduto a ligar Portugal e Espanha ao centro da Europa, permitindo a passagem de gás, hidrogénio verde e de eletricidade verde.
“Se há boas notícias dessa reunião, isso é positivo para Portugal, a Península Ibérica e a Europa. (…) O Governo, liderado pelo dr. António Costa, neste momento com esta conjuntura, agravada pelos efeitos da guerra na Ucrânia, está a cumprir, com sete anos de atraso aquele que é um desígnio, um objetivo, uma ambição e um compromisso estabelecido na União Europeia”, declarou.
Luís Montenegro espera que prevaleça entre os 27 estados-membros o mesmo “espírito de solidariedade” que tivemos durante a pandemia para enfrentar os desafios atuais, que são “colossais”. “Temos de colocar em cima da mesa a questão das interconexões, que são relevantíssimas para a Península Ibérica e para a Europa. Isto é uma forma de a Europa ter mais autonomia em termos de energia e cumprir as metas ambientais”, destacou.
A crise energética na União Europeia está no centro discussão na cimeira europeia que hoje arranca em Bruxelas, até sexta-feira, com os líderes europeus a estudarem medidas para combater os elevados preços e assegurar a segurança do abastecimento.
Luís Montenegro participa na Cimeira do Partido Popular Europeu (PPE), a família política a que pertence o PSD, e que junta Chefes de Estado ou de Governo, líderes da oposição, presidentes das instituições europeias e membros da presidência do PPE.