Luís Montenegro acusa os governos socialistas de fracasso na habitação e no alojamento estudantil.
“Infelizmente, o Estado, o Governo falhou aos jovens estudantes portugueses nos últimos anos, depois de ter apresentado a pretensão de duplicar a capacidade de alojamento estudantil há cinco anos, no que diz respeito a ação direta do governo, o resultado foi zero”, afirmou.
Esta segunda-feira, após visitar uma residência universitária em Lisboa, o líder da AD defendeu que o Estado central deve seguir o exemplo da Câmara Municipal de Lisboa, liderada por Carlos Moedas. “Esta política de habitação, que se faz aqui na cidade de Lisboa, é perfeitamente transponível com as especificidades de cada território para outras zonas do país, quer por via do apoio às câmaras municipais quer por via do próprio investimento direto do Estado, da Administração Central”, referiu.
No entender de Luís Montenegro, é necessário “ajudar do lado da oferta, colocando mais casas no mercado, quer do ponto de vista do investimento público, quer do agilizar do investimento privado”.
“Quanto mais casas houver no mercado, mais fácil é suster o aumento do preço das casas e até diminuí-lo”, defendeu.
“Com estas propostas de apoio, não só do lado da oferta, como da procura, podemos estimular que muitas famílias ultrapassem essa dificuldade ou no pagamento de rendas ou na aquisição de imóveis”, acrescentou, defendendo que o Estado “não pode resolver sozinho” os problemas em matéria de habitação.
Por isso, frisou Luís Montenegro, “a Aliança Democrática apresenta nestas eleições um pacote de propostas na área da habitação que é muito ambicioso e que envolve uma estratégia, no fundo, comporta aquilo que está aqui a ser feito em Lisboa”.
A AD propõe políticas de apoio a segmentos específicos, como os jovens, que passam por medidas como a isenção de IMT e Imposto de Selo e uma garantia pública para viabilizar o financiamento bancário a 100% na aquisição da primeira habitação.
Luís Montenegro testemunhou no terreno um empreendimento que “está praticamente pronto, a poder ser habitado por jovens estudantes”, que reflete “uma política de habitação que não se fica pelas palavras, não se fica pelos PowerPoint”.
As 320 camas desta residência estudantil, mesmo em frente ao Instituto Superior Técnico, deverão ficar disponíveis para os estudantes ainda este mês, a preços “de acordo com as regras fixadas pelo ensino superior e com os rendimentos” de cada um.
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