A propósito da entrevista do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ao DN, em que ‘anunciou’ a abertura de três novos cursos de medicina, já nos próximos dois anos, e onde defendeu a redução da formação na especialidade de medicina geral e familiar, com o argumento de que “a medicina familiar (…) tem um nível de formação menos exigente do que a formação de médicos especialistas”, o Grupo Parlamentar do PSD entregou um requerimento para que o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a Ordem dos Médicos (OM), o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) sejam ouvidos na Comissão de Saúde.
O Partido Social Democrata considera que algumas das declarações do referido governante são “totalmente incompreensíveis, para não dizer mesmo inaceitáveis, na medida em que uma sua eventual concretização poderia comprometer a exigência do ensino e da formação em medicina geral e familiar”.
Para o PSD, “a especialidade de medicina geral e familiar deve ser valorizada e a qualidade do seu ensino reforçada, ao invés de se adotarem soluções de enganador facilitismo, que poderão, ao invés, contribuir para a degradação das condições de formação dos profissionais médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, consequentemente, piorar o acesso dos utentes aos cuidados de saúde”.