29 de junho 1943
Natural da Covilhã
Presidente do GPPSD: 3 de abril 1980 a 4 de junho 1981
Membro do Conselho Consultivo do CEN
Biografia
Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa. Terminada a licenciatura, exerceu cargos de destaque em diversas Universidades e entidades relacionadas com a Educação.
Torna-se militante do PPD em 1974, pela mão de Francisco Sá Carneiro.
Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e nas I, II, V a IX Legislaturas.
Em 1980 foi eleito Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, durante o primeiro período do Governo da Aliança Democrática.
No PSD foi membro da Comissão Política Nacional, do Conselho Nacional, presidente da Comissão Política Distrital da Área Metropolitana de Lisboa e diretor do jornal "Povo Livre". De 2001 a 2002 presidiu à Comissão de Relações Internacionais. Foi Presidente do Conselho Geral do Instituto Francisco Sá Carneiro, do qual é membro.
Em abril de 2002 foi empossado ministro da Cultura do XV Governo Constitucional, liderado por Durão Barroso até julho de 2004.
AS SETAS DO PSD - UM TEXTO DE PEDRO ROSETA (POVO LIVRE 1975)
O nascimento de um símbolo
Tal como outros movimentos, também os partidos sociais-democratas adotaram, desde início, diversos símbolos exteriores que pudessem, de forma rápida, sugestiva e uniforme, identificá-los perante o maior número de pessoas.
Assim, durante muitos anos, o Partido Social-Democrata Alemão serviu-se largamente de diversos símbolos, entre eles a bandeira encarnada e o cravo vermelho na lapela.
Mas um novo símbolo, forjado na luta contra o totalitarismo, estava destinado a sobrepor-se aos restantes.
A descoberta, em 1931, de um feroz programa de repressão que os nazistas pretendiam aplicar na Alemanha quando conquistassem o poder, através das famigeradas SA (Secções de Assalto), provocou grande agitação entre a população trabalhadora e o seu partido: o S.P.D. (Partido Social-Democrata Alemão).
Poucos dias depois, em Heidelberg, uma das muitas cruzes suásticas que já então os nazis reproduziam em grande quantidade nas paredes das cidades alemãs apareceu cortada por um traço grosso de giz branco.
Certamente algum trabalhador, cujo nome para sempre ficará ignorado, ao ver o símbolo odiado das forças totalitárias, não se pode conter e resolveu espontaneamente riscá-lo.
Significado do símbolo
Nascidas espontaneamente na luta dos militantes sociais-democratas contra o nazismo, as setas da social-democracia exprimiam muito bem a aliança entre as organizações dos trabalhadores reunidos na Frente de Bronze, a grande organização de luta anti-nazi criada pelo Partido Social-Democrata Alemão: o próprio Partido (SPD); os sindicatos; e a organização "Bandeira do Reich” com as organizações desportivas de trabalhadores. As setas simbolizavam, portanto, os três fatores do movimento: o poder político e intelectual; a força económica e social; a força física. O seu paralelismo exprimia o pensamento da frente unida: tudo devia ser mobilizado contra o inimigo comum - o nazismo.
O símbolo das sociais-democracias espalhou-se depois largamente: era dinâmico e ofensivo, significava o avanço do Povo para um futuro novo e diferente. Traduzia bem, de acordo com o pensamento de Edward Bernstein, a importância fundamental do movimento, das conquistas sucessivas e progressivas realizadas por via democrática.
Lembrava aos sociais-democratas as qualidades fundamentais que lhes eram exigidas: a atividade, a disciplina e a união.
Ao símbolo do nosso Partido, as três setas, foram sucessivamente atribuídos outros significados que correspondem, na realidade, às linhas fundamentais do programa do PPD. As setas representam os valores fundamentais da Social-Democracia: a liberdade, a igualdade e a solidariedade; mostram que a democracia só existirá verdadeiramente se for simultaneamente política, económica e social.
Finalmente, as cores simbolizam movimentos e correntes de pensamento que contribuíram para a síntese ideológica e de ação da Social-Democracia: a negra, recorda os movimentos libertários do século passado, a vermelha, lembrando as lutas das classes trabalhadoras e dos seus movimentos de massa, e a branca, apontando os valores do homem, a tradição Cristã e humanista da Europa consubstanciada no Personalismo.
Em resumo, o símbolo do PPD expressa bem a nossa vontade irreversível de ascensão, de caminhada com todos os Portugueses, para um futuro diferente, para a construção de uma sociedade nova, na Justiça e na Liberdade.