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No final de uma reunião com o Presidente da República, esta quarta-feira, Rui Rio criticou o Governo por ter desenhado o Plano de Recuperação e Resiliência sem qualquer preocupação com as empresas.
“O Governo nunca nos ouviu, inclusive cheguei a ouvir o Primeiro-Ministro a dizer que o PSD não tinha ideias. Dá-me ideia que não as leu ou não lhes ligou nenhuma. O Primeiro-Ministro e o Governo estão por conta e risco de um PRR que quiseram desenhar sozinhos e que tem uma lacuna grave: privilegia muito a obra pública, o dinheiro publico, e muito pouco o apoio às empresas”, referiu.
Rui Rio salienta que, para termos “melhor emprego” e salários mais altos, é preciso apostar no setor privado e na competitividade das empresas. “É preciso fazer escolhas e as empresas apenas são contempladas com 25% das verbas do PRR, o que é manifestamente pouco para acabar com isto, que é Portugal ir caindo, e todos os anos estarmos mais distantes da média União Europeia”, disse.
O líder do PSD acredita que a “bazuca não é a última oportunidade, mas tão cedo não voltamos a ter outra”.
Sobre o próximo Orçamento do Estado, Rui Rio destacou que “o PSD está numa posição de completa independência” nesta matéria. “Há um ano, o Primeiro-Ministro foi claríssimo quando disse que, se para um Orçamento ser aprovado precisasse do PSD, ele se demitia”, esclareceu.
A propósito do relatório final da Comissão de Inquérito ao Novo Banco, Rui Rio saudou o trabalho dos deputados na Comissão de Inquérito, que “dignificaram a função”. “O relatório está bem feito e evidencia as responsabilidades” quer do Governo, quer do Novo Banco, quer do Banco de Portugal, apontou.
Rui Rio sublinha que o PS votou contra o relatório, porque o documento “é particularmente grave na responsabilização do Governo socialista” neste processo.