O Presidente do PSD defende que o investimento dos futuros fundos europeus tem de reservar à inovação “um papel de primeira linha”, para que Portugal possa ser um país competitivo e gerar “melhorar empregos e salários”. “Aquilo que é o objetivo de qualquer país, em particular Portugal, é melhorar empregos e salários, ter salários mais altos e melhores empregos”, afirmou Rui Rio, no encerramento de uma conferência online organizada pelo Instituto Francisco Sá Carneiro e o Conselho Estratégico Nacional (CEN) sobre “O papel da inovação no desenvolvimento económico local”.
Rui Rio considera que, para Portugal ter produtos com “maior valor acrescentado”, a “palavra mágica é inovação”. “A inovação é absolutamente fundamental para aquela competitividade que não assenta nos baixos salários. Isto é válido para qualquer sociedade, para um país como Portugal, que tem dos mais baixos salários da União Europeia, torna-se ainda mais premente”, disse.
Rui Rio elogiou a iniciativa desta quinta-feira promovida pelo Instituto Sá Carneiro e pelo CEN, sobretudo numa altura em que se discute a aplicação dos fundos europeus. “Fundos que têm de ser bem aplicados, bem investidos – não é gastos, é investidos – e nesse investimento a inovação tem de ter um papel de primeira linha”, defendeu.
Para o líder do PSD, há nesta área um papel a desempenhar pelos governos, que “têm de ter uma política de apoio ao investimento e investimento mais forte em inovação”, mas também pelo poder local. “Fui doze anos presidente de uma grande Câmara Municipal e prestámos sempre atenção a quais eram os fatores de competitividade que diferenciavam a cidade”, referiu.
Rui Rio entende que “o poder local pode efetivamente ser um elemento diferenciador da competitividade do país, das empresas, da sociedade em geral”. “Temos de conseguir pagar melhores salários e ter melhores empregos, empregos de mais qualidade e onde as pessoas possam ser mais criativas e, desiderato final, sentir-se mais felizes”, observou.
Este seminário organizado pelo Instituto Sá Carneiro e pelo CEN contou com intervenções dos presidentes destes organismos, Maria da Graça Carvalho e Joaquim Sarmento, respetivamente, do eurodeputado Paulo Rangel, do presidente da Câmara de Braga Ricardo Rio, de Frances Fitzgerald e Pernille Weiss, ambas eurodeputadas, e do diretor da Fundação Konrad Adenauer para Portugal e Espanha, Wilhelm Hofmeister.