Depois de meses a vender a narrativa de que a privatização da TAP que o PSD levou a cabo era uma fraude.
Depois de Sérgio Monteiro e António Pires de Lima terem calado os já diminuídos e fragilizados deputados do PS, repondo a verdade dos factos e ficando claro que tudo não passava, isso sim, de um embuste e cortina de fumo para esconder os males maiores da gestão do dossier TAP, ficámos agora a saber - de acordo com revelações da imprensa – que terá existido um acordo secreto em 2017.
Nessa alegada reunião entre António Costa, Pedro Marques e David Neelman, o Partido Socialista e o Sr. Primeiro-ministro terão permitido que o empresário norte- americano pudesse antecipar os 226 milhões de euros antes do prazo de 30 anos que o governo do PSD/CDS tinha estabelecido.
Terá sido esta mudança que permitiu que David Neelman se tornasse no único empresário do sector da aviação civil que lucrou mais de 55 milhões de euros no período da pandemia.
São dados que exigem confirmação e justificações urgentes e que servem para adensar a teia de má gestão, compadrio, ligeireza e abuso de poder que o dossier TAP nos tem relevado publicamente. A gravidade dos factos reforça as preocupações do PSD que reitera a necessidade de ouvir o Primeiro-ministro num tema da maior importância para o país.
Consideramos que é o responsável máximo de tudo o que se passou nos últimos 7 anos na TAP.
O PSD pediu a audição urgente de Pedro Marques, Lacerda Machado, Miguel Cruz e demais responsáveis por tamanho erro de gestão por capricho ideológico, que custou mais de 3,2 mil milhões de euros aos contribuintes portugueses. Além de, não menos importante, causar graves e importantes danos de consequências ainda por medir na imagem e credibilidade de uma importante marca que é a TAP.
Miguel Pinto Luz
Vice-Presidente do PSD