O líder do PSD considera que a medida anunciada pelo Governo sobre pensões significa um “corte de mil milhões de euros no sistema”, com consequências "para todos os anos subsequentes". Em entrevista ao programa Hora da Verdade da Renascença e do jornal Público, que será divulgada na íntegra esta quinta-feira, o líder social-democrata revela que a bancada pediu a apreciação parlamentar do decreto em causa para forçar o debate na Assembleia da República.
Nesta entrevista – que será divulgada na íntegra esta quinta-feira – Luís Montenegro diz ainda que o "PS e este Governo optaram por fazer um corte de pensões de mil milhões de euros no sistema de pensões em Portugal”, considerando que “esses mil milhões de euros que o executivo se propõe pagar agora [em Outubro], vão deixar de estar no sistema de pensões a partir de 2023 com consequências para todos os anos subsequentes.”
Reiterando a ideia de que a medida de antecipar meia pensão em outubro é “um logro”, o líder social-democrata revela que a bancada parlamentar pediu a apreciação parlamentar do decreto que contém algumas das medidas anti-inflação anunciadas pelo Governo, visando em particular a solução das pensões, e já promulgado pelo Presidente da República.
A intenção do líder do PSD é que a apreciação parlamentar do decreto de lei seja discutida no debate potestativo que a bancada social-democrata marcou para 15 de setembro, precisamente sobre o programa de emergência social do partido.
Assim, conclui Montenegro, a "situação fica clarificada, até porque é importante para os pensionistas saberem exatamente o que lhes vai acontecer".
Fonte: Renascença e Público.