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“Mentira, logro, indecência, displicência, promiscuidade e desonestidade”. É desta forma que Luís Montenegro caracteriza o comportamento do Governo no dossier da TAP.
Para o Presidente do PSD, as revelações feitas ontem no decorrer da comissão de inquérito à TAP “ultrapassam largamente o âmbito da mera leviandade ou negligência com que o Governo tem gerido os destinos do País” e este dossier.
“Quando eu for primeiro-ministro comportamentos destes não passarão incólumes. O Governo está infestado de ministros diminuídos. Mas quem tem de decidir pela sua permanência é António Costa. Governo está numa situação pantanosa”, assegurou o Presidente do PSD.
O líder social-democrata, em declarações à imprensa, afirmou que existe uma enorme “indignação pelos escandalosos abusos de posição dominante da maioria absoluta”, que se torna clara na “confusão entre o Estado e o Partido Socialista”.
Assistimos a uma “grande demonstração da destruição do capital de confiança entre os eleitores e o Governo”, pois estamos perante “uma visão instrumental que o Governo tem do senhor Presidente da República, que aparece aos olhos de membros do Governo como um peão do PS ao serviço da sua agenda”. Há uma clara “violação da moral e da ética republicanas, evidenciada em reuniões secretas e embustes teatrais para tentar enganar os portugueses”.
O Presidente do PSD defende que estas são situações “de uma enorme gravidade, que não podem passar em claro”. O Estado não pode ser o “dono disto tudo” e o Primeiro-ministro tem a obrigação de prestar esclarecimentos ao país.
“Dr. António Costa, não se esconda atrás dos assessores de comunicação”, desafiou Luís Montenegro, apelando ao Primeiro-ministro que esclareça se “a TAP é tóxica? Eu não sei se é, mas governar é assumir responsabilidades”. A “função do governo e do Primeiro-ministro é responder pelas suas ações”, defende o social-democrata.
Os portugueses merecem e exigem com urgência uma posição pública do Primeiro-ministro. Afinal, “de que tem medo António Costa?”, questiona Luís Montenegro.
Aquilo a que assistimos diariamente é a “um padrão de comportamento que não é digno de um governo de bem e de um governo de boa-fé”, estando os portugueses perante “um ambiente institucional poluído pelos abusos de poder”.
"O Governo deixou a TAP a voar às cegas: sem rota, sem piloto e com o dinheiro dos portugueses", criticou o líder social-democrata.