Notícias relacionadas
O Primeiro-Ministro pode “fazer o jogo de palavras que quiser” ou os truques que entender, mas não pode negar este facto indesmentível e “indesculpável”: o Governo cortou mil milhões de euros nas pensões.
Na intervenção de abertura do Conselho Nacional, esta quinta-feira, em Lisboa, o Presidente do PSD condenou os “truques” persistentes do Primeiro-Ministro, que “usou e usa uma habilidade de retórica, para não assumir com a coragem política que um líder do Governo deve ter para com o seu povo, aquilo que fez aos pensionistas”. “O Primeiro-Ministro atrapalha-se nas próprias habilidades. É tanta habilidade, que depois dá atrapalhação, tanta habilidade, que depois dá trapalhada”, acusou.
O líder do PSD sublinhou que, depois de se referir ao valor que será pago em outubro aos pensionistas como uma antecipação do que lhes seria devido pela fórmula de cálculo de atualização das pensões, António Costa opta por falar num “suplemento extraordinário”, equivalente a meia pensão. “Se é um suplemento extraordinário, o Primeiro-Ministro e o Governo perderam mesmo a noção de sensibilidade de justiça social: o que estão a fazer é dar 2.500 euros a quem ganha 5.000 euros de pensão, 2.000 a quem ganha 4.000, e é dar 200 a quem ganha 400 ou 150 a quem ganha 300. Isto é intolerável numa política socialista ou social-democrata”, qualificou.
Luís Montenegro critica a “ausência de autoridade” do Governo para conduzir os destinos do país e, ainda, se furta ao escrutínio democrático, lembrando que “já são nove os ministros que a maioria socialista e o rolo compressor impedem, sem exceções”, de serem ouvidos no Parlamento.
O Presidente social-democrata entende que pior do que Portugal ter um Governo “dividido, confuso e cheio de polémicas”, ou “um Governo sem norte” que “subestimou” os alertas inflacionistas do PSD, é “o país estar a empobrecer”. “Até nos podíamos dar ao luxo de ter tudo o resto”, disse.
Os conselheiros nacionais aprovaram por unanimidade os três pontos inscritos na ordem dos trabalhos e submetidos a votação: a alteração ao Regulamento de Admissão e Transferência de Militantes; a alteração ao Regulamento do Conselho Estratégico Nacional (CEN); e mandatar a Comissão Política Nacional para aprovar a eventual participação em coligações eleitorais de âmbito local.