Os deputados do PSD confrontaram hoje o Primeiro-Ministro com as promessas que andou a fazer por todo o país em plena campanha para as eleições autárquicas.
Filipa Roseta recordou que António Costa anda há anos a prometer 26 mil habitações que não fez. Contudo, afirma a deputada, o Governo meteu-as na bazuca e andou neste ano de eleições autárquicas a assinar protocolos para mais de 30 mil habitações. A deputada questionou ao Primeiro-Ministro quanto vai custar e quem vai pagar esta diferença entre o que está no PRR e o que já foi contratualizado.
“O senhor anda a prometer o que não tem, anda a comprometer o que não tem, sem Programa Nacional de Habitação, sem critério e sem equidade” afirmou.
Já André Coelho Lima acusou António Costa de ter feito um “bodo aos eleitores” e de ter tentado “viciar o voto do eleitor” nestas eleições autárquicas. Para o Vice-Presidente do PSD, António Costa desprestigiou o cargo que desempenha e as instituições democráticas. Dirigindo-se ao socialista, Coelho Lima quis saber se o Primeiro-Ministro António Costa está em condições de garantir que vai honrar a palavra do Secretário-Geral António Costa.
Recordando a promessa feita em relação à maternidade de Coimbra, Paulo Leitão recordou que este é um processo que se arrasta desde 2014. Ao Primeiro-Ministro, o deputado perguntou qual será a data prevista para a sua concretização e qual será a sua localização. “Parece que a localização está escolhia e o tacticismo do seu anúncio apenas serve para repartir a responsabilidade com a futura Câmara Municipal”, assinalou o deputado.
Por fim, Cristóvão Norte afirmou que “os algarvios não acreditam” em António Costa. O motivo, adianta o social-democrata, são as consecutivas promessas feitas e incumpridas. Segundo o deputado algarvio, em 2015, na campanha eleitoral, António Costa prometeu a redução das portagens em 50%. “Chegados a 2021, foi o PSD que apresentou a proposta e a medida foi torpedeada pelo Governo que até ameaçou recorrer ao Tribunal Constitucional para impedir a sua entrada em vigor.”
Já em 2017, o socialista assumiu a requalificação da ligação Olhão-Vila Real de Santo António, que não está feita e todos os prazos já foram superados. “Em 2019, na campanha eleitoral, veio dizer que o Algarve teria um novo hospital central. Depois mandou erguer 5 hospitais e a região que menores serviços hospitalares tem no país ficou para trás”, recordou.
Por fim, lembra o deputado, aquando do cataclismo causado pela pandemia, o Primeiro-Ministro disse que o Algarve beneficiaria de um programa específico e de emergência para diversificar a economia. “Até hoje não se conhece uma medida nem o envelope financeiro”, rematou o deputado.