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Adão Silva considera que no momento em que Portugal precisa de um Governo com coragem para enfrentar os interesses instalados, temos um Executivo avesso a reformas e “acobardado perante os mais fortes.”
No debate do Estado da Nação, que no entender do líder parlamentar do PSD “não é bom”, Adão Silva realçou a diferença de tratamento do Governo em relação aos portugueses e às em-presas, que “sofrem as consequências diretas desta política socialista”, e em relação à TAP, Novo Banco e EDP. De acordo com Adão Silva, ao mesmo que se regista um aumento do nível de falências, uma subida do desemprego, o agravamento da situação social e o desânimo dos empresários, “não falta dinheiro para enterrar na TAP e no Novo Banco”.
“Para o Novo Banco, os portugueses já pagaram cerca de 8 mil milhões de euros, tendo a auditoria do Tribunal de Contas descoberto que, a estes, ainda se podem somar mais 2 mil milhões. Para a TAP já voaram 1,7 mil milhões e revelam-nos as notícias que o Governo ainda pretende lá despejar mais 2 mil milhões de euros”, revelou o deputado.
Já a EDP, afirma o líder parlamentar do PSD, teve tratamento governamental especial. “Enquanto o fisco não larga, impiedosamente, os cidadãos e as nossas empresas, o Governo desdobra-se em justificações, no sentido de apoiar a EDP, na sua criativa engenharia de fuga aos impostos”.
Além dos problemas do setor da Saúde e Educação, Adão Silva afirma que a pasta da Administração Interna demonstra o desnorte em que se encontra o Governo. Para o social-democrata, sucedem-se os exemplos de descoordenação e de falta de rigor, como seja o caso da morte de um cidadão ucraniano nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os anárquicos festejos do campeonato nacional de futebol, o caos na final da Liga dos Campeões, a falta de condições de higiene e de trabalho de cidadãos imigrantes no Alentejo, a invasão de propriedade privada em Odemira. “São demasiados exemplos que atestam sobremaneira a completa descoordenação que hoje impera no Ministério da Administração Interna”, sublinha.
Com o Governo nas mãos da esquerda parlamentar radical e a revelar “tiques de clientelismo e de nepotismo”, Adão Silva afirma que temos uma governação onde “a preocupação primeira é a de satisfazer os interesses corporativos e os amiguismos representados”, onde impera uma cultura política de facilitismo e de subordinação do mérito à falta de empenho e de vontade
Em alternativa, o líder parlamentar do PSD frisa que “precisamos de uma aposta nas empresas, precisamos de reformas estruturais em diversos setores da vida nacional, precisamos de uma administração pública despartidarizada e dirigida por quadros tecnicamente capazes, precisamos de rigor, organização e exigência”. Em suma, resumiu Adão Silva, “precisamos de um Governo que traga esperança”.
Já Carlos Peixoto acusou António Costa de se comportar como “o novo dono disto tudo”. O Vice-Presidente da bancada do PSD criticou o Governo por não cumprir uma Lei da Assembleia da República que impõe uma redução de 50% das portagens nas ex-SCUT.
O deputado sinalizou ainda que “o Ministro Eduardo Cabrita tem acumulado desastres atrás de desastres, tem escondido verdades atrás de verdades e sacudido a água do capote com a mesma facilidade com que respira”. Carlos Peixoto admite que o Primeiro-Ministro esteja a querer “ajudar um amigo”, mas entende que ao manter em funções o ministro “não está a ser um estadista” e está a prejudicar o país.