O Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade o orçamento do partido para o ano de 2020 e a repartição das receitas pelas diversas organizações afetas ao PSD (JSD, TSD e ASD). O PSD continua empenhado na reestruturação financeira, no pagamento a fornecedores, assim como no apoio às suas estruturas internas. O PSD investiu os seus resultados positivos e poupanças geradas no pagamento aos fornecedores e ao Parlamento. Entre 2017 e 2019, sob a liderança de Rui Rio, o PSD reduziu o seu passivo em 5,9 milhões de euros, isto é, cerca de 41%.
O PSD registou, em 2019, um resultado líquido do exercício positivo de 891 mil euros, mantendo o caminho iniciado em 2018, ano em que o resultado foi também positivo em 764 mil euros. Recorde-se que, em 2017, o resultado líquido tinha sido negativo em 2,48 milhões de euros.
Assim, o PSD baixou o passivo em 1,2 milhões de euros em 2019. Deste valor, o montante de 783 mil euros foi pago a fornecedores transatos e 500 mil euros foram devolvidos à Assembleia da República. O passivo desceu 13% para 8,5 milhões de euros no ano passado. Em 2018, o valor do passivo era de 9,76 milhões de euros.
Em 2017, a situação líquida do PSD era negativa em 1,3 milhões de euros (situação que colocava o PSD em falência técnica). A situação líquida do PSD é hoje positiva, em 19,1 milhões de euros, valor que foi reforçado em relação a 2018 (18,8 milhões de euros).
No que se refere aos resultados das campanhas eleitorais europeias, o resultado de campanha foi nulo, tendo o PSD gasto 850 mil euros e investido apenas 31 mil euros. O montante da despesa foi integralmente coberto pela subvenção pública da campanha recebida em função dos resultados eleitorais e os 31 mil euros investidos pelo PSD.
Nas eleições legislativas, fruto do rigor e do controlo da despesa, o PSD teve um resultado de campanha negativo de apenas 2.519,31 euros, o que evidencia a grande proximidade entre as estimativas orçamentais feitas e a subvenção recebida pelos resultados. O PSD gastou na campanha 1,86 milhões de euros, que contrastam com 4,6 milhões de euros gastos em 2015. Obteve o direito a uma subvenção de 1,85 milhões de euros. Por força dos resultados eleitorais das legislativas em outubro de 2019, o valor da subvenção mensal do PSD baixou em 38 mil euros mensais, valor totalmente acomodado pela tesouraria do PSD, fruto da reestruturação iniciada em 2018, que eliminou o défice mensal da gestão corrente.
No tocante às eleições regionais da Madeira, a Sede Nacional investiu 97,5 mil euros. Foram gastos 347,9 mil euros e a subvenção fixou-se em 250,5 mil euros. Os gastos nas regionais da Madeira contrastam muito com o passado. Em 2015, foram gastos nas regionais da Madeira mais de 885 mil euros. Fruto do controlo da Sede Nacional, que colaborou com a estrutura regional e o mandatário financeiro da campanha escolhido, os gastos de campanha foram reduzidos em mais de 61% face a 2015. Apesar da redução da despesa, os resultados eleitorais ditaram a vitória do PSD, o que demonstra que não existe uma relação direta entre o número de votos e o montante da despesa realizada.
As campanhas eleitorais não originaram, deste modo, um aumento do passivo, como era habitual. Os pagamentos a fornecedores destas três campanhas estão integralmente pagos.
Preparação das eleições internas no final de 2019 e modernização do sistema informático
A reestruturação informática iniciada no final de 2018, aliada ao novo sistema de pagamento de quotas em 2019 – através da emissão de uma referência de multibanco aleatória apenas do conhecimento do militante – teve um grande impacto na gestão interna. Foram atualizados 35.923 contactos de militantes, num dos maiores processos de atualização do ficheiro de militantes dos últimos anos. A aplicação móvel (“app mobile”) do PSD lançada em março de 2019 registou até ao final do ano 4.492 novos utilizadores militantes registados, que podem agora pagar a quota por MB Way ou cartão de crédito ou aceder à referência de Multibanco (sistema inovador, até então inexistente).
O PSD lançou também em agosto de 2019 um sistema de envio de SMS para informar aos militantes a referência de Multibanco para pagamento de quotas, que registou, em menos de seis meses, 47.320 pedidos de informação de militantes.
Em 2019, o PSD assinou um protocolo com a Agência de Modernização Administrativa (AMA), que vai permitir o lançamento ainda este ano da inscrição no Partido com a chave digital do cartão de cidadão (o primeiro partido português com este serviço), num processo totalmente desmaterializado e online – a expectativa é que este serviço seja lançado até final de 2020, encontrando-se em fase adiantada de desenvolvimento.
Em 2019, o PSD lançou um novo site, em “real time”, com informação sobre o pagamento de quotas por Distrital e Secção, pela primeira vez na história partidária portuguesa. Já em janeiro de 2020, foram também divulgados os resultados das eleições internas em real time no site do partido.
Foram ainda realizadas as seguintes atividades em 2019: campanhas eleitorais associadas às eleições europeias, legislativas e regionais da Madeira; eventos do Conselho Estratégico Nacional, incluindo a 1ª Convenção Nacional no Europarque; comemoração do 45º Aniversário do Partido; Festa do Pontal em 31 de agosto de 2019 em Monchique; coorganização da 11ª Universidade de Verão, entre 23 de agosto e 1 de setembro 2019; revisão do Regulamento Financeiro e ampliação dos casos de isenção de quotas no Regulamento de Quotizações; por iniciativa do PSD da Madeira, a organização do já tradicional evento do Chão da Lagoa; Conselhos Nacionais; e o Congresso do PSD da Madeira.