O Grupo Parlamentar do PSD entregou uma pergunta ao Governo em que questiona o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital e o Ministro da Administração Interna sobre a preparação dos aeroportos para acolher um significativo aumento de passageiros.
No documento, o PSD refere que pela progressiva normalização dos fluxos de passageiros intra-União Europeia, “é esperado um paulatino aumento do número de passageiros a desembarcar em território nacional, pelo que importa que os aeroportos estejam devidamente preparados para acolher os visitantes, em estrito respeito pelas condições de saúde pública e de conforto adequadas. Tal exige meios humanos e um plano operacional que atenda, entre outros, ao facto de ser necessário proceder à verificação dos comprovativos de testes COVID-19 negativos apresentados pelos passageiros, articulado entre todas as entidades públicas e privadas envolvidas”.
Os social-democratas relembram ainda o exemplo do Verão passado em que, por exemplo, no aeroporto de Faro, se registaram “episódios que violaram as regras de saúde pública, bem como mancharam a imagem do país, tendo repercussão internacional e prestando um mau serviço à economia nacional. Há também notícia, no mês passado, no Aeroporto Humberto Delgado de longas filas que causaram constrangimentos aos passageiros, o que nos últimos anos se tornou um hábito”.
“O GPPSD tem consistentemente alertado para a necessidade de munir o controlo dos passageiros nos aeroportos nacionais dos meios humanos e expeditos mecanismos de controlo, de modo a poupar os visitantes a episódios pouco condignos que se refletem negativamente na imagem do país, os quais, sem as regras atualmente vigentes e com um processo menos burocrático, já se verificavam antes do eclodir da pandemia”, lê-se.
Para o PSD, o “aumento do tráfego aéreo que estamos prestes a iniciar exige uma preparação atempada do dispositivo de controlo de modo a acompanhar o aumento de fluxo de passageiros, pelo que são preocupantes as informações de que há receios fundados que o dispositivo não esteja preparado. A situação de incerteza e as regras vigentes entre países, conduzem a fenómenos de viagens de última hora, aumento da capacidade das aeronaves e frequência dos voos. Disso é exemplo, um grande operador turístico internacional, a TUI, que para o Aeroporto de Faro nas últimas semanas intensificou o número de voos e reviu a dimensão das aeronaves”.
Assim, “o GPPSD exorta o Governo a tomar as providências para prevenir a questão”.
O PSD questiona:
1. Dispõe o Governo de um plano para responder ao aumento do número de passageiros nos aeroportos nacionais, de modo a salvaguardar a saúde pública, o condigno tratamento dos visitantes e o regular funcionamento das infraestruturas aeroportuárias?
2. Quais são as principais providências adotadas? Registar-se-á, comparativamente ao ano passado, maior alocação de meios humanos para esta tarefa? Se sim, em que medida?