PSD quer audição urgente do MNE sobre os esforços diplomáticos realizados no sentido de Portugal permanecer na “Lista Verde” do Reino Unido O Grupo Parlamentar do PSD entregou um requerimento para que o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros seja ouvido no Parlamento, com caráter de urgência, a propósito dos esforços diplomáticos realizados no sentido de Portugal se manter na “lista verde” do Reino Unido como destino seguro para os cidadãos britânicos face à pandemia Covid-19. No documento, os social-democratas salientam que a decisão do Reino Unido, ontem conhecida, de retirar Portugal da “lista verde” do Reino Unido como destino seguro para os cidadãos britânicos face à pandemia Covid-19 “põe em risco a recuperação financeira dos setores vitais para economia do país, como o turismo, a hotelaria e a restauração, uma vez que os britânicos que visitem Portugal voltam a ser obrigados a dez dias de quarentena no regresso ao seu país”. O PSD considera ainda que esta é uma medida “muito prejudicial à comunidade portuguesa residente no Reino Unido, que será quem sofrerá mais com estas restrições” e que “os portugueses residentes no Reino Unidos veem prejudicadas as suas intenções de viajarem para Portugal durante o verão”. Um dos argumentos do ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, relaciona-se com o aumento de casos em Portugal e com o aparecimento de uma “mutação do Nepal”. Mas em resposta ao alerta da “mutação do Nepal”, o Instituto Ricardo Jorge, através de João Paulo Gomes, referiu "penso que, muito honestamente, se está a fazer uma tempestade num copo de água, que não tem explicação, não faz sentido absolutamente nenhum. Estamos a falar da variante indiana, que tem estes 12 casos, mas poderia dizer que depois temos mais 15 ou 16 com outra mutação. Naturalmente que esta é uma mutação preocupante e há que ser vigiada". “Tomamos nota da decisão britânica de retirar Portugal da ‘lista verde’ de viagens, uma decisão cuja lógica não se alcança”, lê-se numa nota publicada, na rede social Twitter, pelo Ministério chefiado por Augusto Santos Silva. Para o PSD, o “que se pode interpretar é que se trata de uma mera reação e de conformismo, que não demonstra qualquer prevenção diplomática para evitar esta decisão, quando a mesma, pelas razões apontadas, não tem correspondência com a realidade”, pelo que, sendo esta uma “questão sensível e com consequências económicas graves para a economia nacional, em especial para o turismo, sendo também muito prejudicial para os cidadão portugueses residentes no Reino Unido” é necessário que o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros explique “os esforços que realizou até ao momento da decisão e que iniciativas desenvolverá para que imagem de Portugal não seja prejudicada ao esforço que todos os portugueses têm realizado no combate à pandemia”.