O Grupo Parlamentar do PSD entregou hoje um requerimento para que sejam ouvidos na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, em audição conjunta com a Comissão de Saúde e com caráter de urgência, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), da Autoridade Regional de Saúde Norte (ARS-N), da Inspeção-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no âmbito do surto de legionella no distrito do Porto, identificado no passado dia 29 de outubro.
“Desde a identificação do primeiro caso, muitas têm sido as perguntas e as não respostas do Governo sobre este surto. Ao longo destes já quase dois meses, sabe-se apenas que houve oportunidades perdidas para identificar a sua origem e, consequentemente, de o poder controlar. Na ausência de informação concreta por parte das autoridades competentes, a comunicação social tem relatado denúncias do tempo que estas demoraram a encetar medidas neste cenário, possibilitando, inclusive, que potenciais fontes de contaminação – como torres de refrigeração – fossem limpas antes que qualquer ação inspetiva pudesse proceder às análises necessárias”, lê-se.
Os social-democratas consideram que “numa altura em que o país e o mundo enfrentam uma pandemia única na história da Humanidade, é determinante que as autoridades tenham a capacidade de agir prontamente e de forma eficaz e esclarecedora. Recorde-se que, em 2014, aquando o surto de legionella – que durou 14 dias – em Vila Franca de Xira, foi constituído um grupo de trabalho multidisciplinar no dia imediatamente a seguir à identificação do primeiro caso. Um grupo de trabalho que reuniu autoridades da saúde e do ambiente e que, além de agir prontamente de forma a identificar e controlar o surto, produziu relatórios periódicos sobre a evolução dos trabalhos, aportando transparência, segurança e confiança ao trabalho desenvolvido”.
“É, portanto, mais que oportuno, urgente, perceber o que foi, o que está a ser e o que ainda pode ser feito para controlar o surto atual e – também e não menos importante – o que vão as autoridades fazer para assegurar que esta seja uma realidade cada vez menos possível”, concluem.