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Luís Montenegro defende uma intervenção cívica mais enérgica para “contrariar os números”, mas sobretudo “para erradicar” o fenómeno da pobreza e da violência contra as mulheres em Portugal.
Em Castelo de Paiva, num jantar com militantes, este sábado, o líder do PSD salientou que “há uma dimensão humana, personalista, de respeito por cada ser humano” que recai sobre cada indivíduo. “Em Portugal, desde 2004, já foram assassinadas 624 mulheres vítimas de violência doméstica. Este ano já foram assassinadas 23, mais do que as 16 no ano passado. Isto também nos deve envergonhar. A pobreza e a violência contra as mulheres são uma vergonha que nós temos de enfrentar, combater, erradicar”, afirmou.
Sobre a pobreza em geral, Luís Montenegro responsabilizou os governos do PS por Portugal estar “cada vez mais pobre” e “no fundo da tabela”. “Estamos num ciclo de empobrecimento galopante, nós estamos a ficar no fundo da tabela quando temos tudo para estarmos no topo. Em Portugal, há cerca de dois milhões de pessoas com rendimento de 554 euros ou menos. E muitos dos que ganham acima é em função das prestações sociais do Estado. Sem isso, o limiar da pobreza atingiria 4,5 milhões de portugueses”, apontou.
O Presidente do PSD lembra que, entre 2016 e 2021, “Portugal cresceu de forma acumulada 7,1%, mas a média dos países da coesão cresceu 18,4”, o que que significa que os governos de António Costa, apesar de disporem de “todos os instrumentos para inverter a situação do país”, “não conseguem” resolver o problema de fundo. “Eles não querem, não podem. Em 27 anos, governaram 20. Nos segundos sete foi a bancarrota e nestes sete é o empobrecimento”, frisou.
Apesar de todos os países da Europa terem sentido o impacto da pandemia de covid-19 e agora os efeitos da guerra na Ucrânia e da espiral inflacionista, o quadro de Portugal é “catastrófico do ponto de vista social”.
Para Luís Montenegro, “o crescimento de riqueza é o ponto de partida para acabar com a pobreza” em Portugal e, por isso, os social-democratas estão “empenhadíssimos” em preparar-se para “governar” Portugal e pôr termo a esta trajetória de empobrecimento.
“Para lutarmos contra uma coisa que não podemos aceitar, que é esta fatalidade de estarmos sempre de mão estendida, de bancarrota, empobrecidos, à espera que nos deem subsídios na Europa”, concretizou.