O líder da AD considera justas as reivindicações tanto das forças de segurança como dos agricultores e, por isso, compromete-se a dialogar com os dois setores quando for Primeiro-Ministro.
“Tudo está por fazer em vários setores de atividade em Portugal: (…) da saúde à educação, à justiça, [há] um retrato, no âmbito da Administração Pública, que é deveras preocupante. Nós estamos com dificuldade de atrair e reter para a administração pública bons profissionais, também para funções de soberania (…) e com uma dificuldade maior de valorizar a sua carreira”, afirmou.
Esta quinta-feira, em Lisboa, após receber a plataforma que junta sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e associações da Guarda Nacional Republicana (GNR), Luís Montenegro sublinhou que “há um país que cada dia se revela completamente diferente do que o PS andou a propagandear nos últimos tempos e continua a enaltecer, e temos em muitos setores uma grande instabilidade, um grande sentimento de injustiça”.
A propósito da reivindicação das forças de segurança, que reclamam um subsídio de missão equiparado ao atribuído à Polícia Judiciária, Luís Montenegro comprometeu-se, num executivo liderado pela AD, a reunir com os seus representantes para quantificar como se poderá “reparar esta desigualdade”, já que a pretensão das forças de segurança “é justa e prioritária”.
“Há razões para mudar de Governo e há razões para dizer que o Partido Socialista deixou o país, está a deixar o país bem pior, do que aquilo que foram as condições em que o recebeu e muito pior do que aquilo que tem dito nas suas intervenções relativamente à reivindicação das forças de segurança, para haver uma equiparação de tratamento relativamente àquela que foi a medida tomada em termos de suplemento de remuneração para a Polícia Judiciária”, frisou.
Nesta declaração, o líder da AD referiu-se também à “enormíssima manifestação dos agricultores portugueses” que decorre por todo o país. "[Os agricultores] denotam toda a sua frustração e desilusão com a falta de apoio por parte do Governo”, apontou.
Questionado sobre o que pode a AD oferecer aos agricultores, Luís Montenegro foi perentório: “Desde logo, dignidade e respeito. Para mim, a agricultura é um setor estratégico, estratégico para criar riqueza, para termos mais autonomia alimentar, para fixar pessoas no território”, disse, defendendo que é essencial manter uma “relação dialogante e leal” com os agricultores.
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