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Luís Montenegro considera que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “está a colapsar não pela via financeira, mas pela via dos recursos humanos”.
“É preciso dar um murro na mesa, é preciso ter a ousadia de arriscar novas soluções”, declarou.
Após visitar o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, esta terça-feira, Luís Montenegro, que percorreu ainda os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Sines, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal em Setúbal”, alertou que a falta de recursos humanos na saúde está ligada a outros problemas estruturais que “agudizam ainda mais esta situação”. “Em primeiro lugar, falta de habitação e, em segundo lugar, falta de uma rede de transportes eficiente e, por essa via, as políticas públicas acabam por se entrecruzar e por desembocar no desfecho que é, efetivamente, a falta de profissionais no SNS”, apontou.
No litoral alentejano, o líder do PSD constatou que, num universo de cerca de 106 mil utentes, “cerca de 20% não têm médico de família atribuído” e subsistem ainda carências de enfermeiros.
O Presidente social-democrata insta, por isso, o Governo “a debelar uma situação estrutural”, e que se traduz no agravamento das condições profissionais de médicos, enfermeiros e técnicos.
“A saúde é o exemplo gritante da falta de ambição, da falta de capacidade de execução, da falta de visão estratégica, da falta de transformação estrutural do país. Nós estamos a chegar a um ponto onde a falta de visão do dr. António Costa e do PS se repercute em bloqueios dos principais serviços públicos e a saúde está à cabeça desses bloqueios”, acrescentou.
No próximo dia 6 de julho, anunciou Luís Montenegro, o PSD leva à discussão no Parlamento um conjunto de iniciativas dedicadas ao setor da saúde.