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Luís Montenegro elogia o trabalho dos autarcas dos social-democratas e enaltece o exercício de responsabilidades políticas no poder local. “Não há outro cargo que permita uma forma tão direta de podermos ter esta relação com as pessoas. Isso francamente é o melhor que a política tem, de falarmos com as pessoas, de podermos colocar no papel em que elas estão, podermos compreender as suas ambições, desejos, necessidades, inquietações, frustrações e alegrias. Isso é a maior realização que há na política, o poder autárquico consegue isso de uma forma absolutamente única”, afirmou.
O Presidente do PSD, que falava no encerramento da VI Academia do Poder Local, na Foz do Arelho, Caldas da Rainha, este domingo, recorda a experiência de duas décadas, entre 1993 e 2013, quando exerceu funções autárquicas. “Guardo uma grande escola de aprendizagem, daquilo que são as potencialidades de um decisor se colocar na pele do cidadão, de poder dialogar com a comunidade, as instituições, as famílias, as empresas, com cada pessoa em concreto”, disse.
Luís Montenegro sublinha que o PSD é o partido que “melhor expressa o sentir e o viver do povo português” e continuará a trabalhar, todos os dias, “para recuperar, em 2025, a liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias”. “Nós queremos governar Portugal não só porque os outros fazem asneiras, mas sobretudo porque temos muito a dar à vida das pessoas. (…) Quero que nos assumamos todos por aquilo que somos capazes de fazer, para darmos mais qualidade de vida às populações”, declarou.
O líder do PSD critica o desrespeito do Governo nos compromissos assumidos com os autarcas, como acontece “com o acordo de descentralização”, porque “o acordo que o Governo assinou com os autarcas equivale aquilo que o Governo faz com o Orçamento do Estado: papel, ‘PowerPoint’ e execução zero”.
Para Luís Montenegro, o “Governo e este Primeiro-Ministro têm uma característica: a palavra dada não é uma palavra honrada”, insistindo que o Executivo fez “um simulacro de descentralização, porque lá no íntimo não quer partilhar as competências com os municípios nem com as comunidades intermunicipais”. “Por que carga de água vamos acreditar que desta vez é que vai ser [cumprido o orçamento], quando o Governo de António Costa é o mesmo, com ministros que são os mesmos, ou piores”, questionou.
O Presidente do PSD considera ainda “imoral” que o Governo não respeite as autarquias locais “em coisas que são essenciais como [o pagamento] das despesas com a pandemia” de covid-19.