Rui Rio acredita que os partidos “vão ser coerentes” na votação no Parlamento do projeto de lei do PSD que pretende transferir o Tribunal Constitucional, o Supremo Tribunal Administrativo e a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos para a cidade de Coimbra. “Em Portugal, estamos à beira de uma decisão da Assembleia da República – não quero exagerar e dizer que fica na história de Portugal, mas fica lá muito perto – de transferir um órgão de soberania para fora de Lisboa”, declarou.
Na Mêda, esta terça-feira, o Presidente do PSD reafirmou que este “não é um projeto para Coimbra, mas para o País”, decisão que tem, sobretudo, “uma carga simbólica”.
Por outro lado, Rui Rio considera que os decisores nacionais “devem ser concretos nas políticas para o interior”, razão também pela qual o PSD escolheu os concelhos da Guarda, Trancoso e Mêda, para dar início à campanha para as autárquicas de 26 de setembro. “Outras coisas se devem seguir, compassadamente. Temos de ser concretos nas políticas para o interior, designadamente para a criação de investimento. Pela experiência que tenho da vida política, para conseguirmos isso é preciso aquilo que muitas vezes se chama o mau feitio, eu acho que é assim e faço mesmo, uns gostam e outros não”, disse.
Durante a manhã, na Guarda, Rui Rio criticou António Costa por confundir deliberadamente os cargos de primeiro-ministro com o de secretário-geral do PS, ao fazer promessas eleitorais com os milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência que serão disponibilizados pela União Europeia para minimizar o impacto da crise pandémica.
Rui Rio contactou com clientes e lojistas de um centro comercial e visitou a Isobar, uma empresa tecnológica que é, segundo Rui Rio, “um modelo daquilo que se pode fazer”, foi criada com três postos de trabalho e hoje emprega cerca de 50 pessoas.